sexta-feira, 29 de março de 2013

Como Fazer uma Nova Barra de Sabonete com Barras Usadas de Sabonete

Se você tiver muitas sobras de sabonetes usados, esta é uma excelente maneira de transformar os muitos pedaços em novos sabonetes.

Passos

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    Prepare suas barras de sabonete usadas. Rale-as ou pique-as em pedaços pequenos.

  2. 2
    Ponha luvas de borracha ou látex.

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    Prepare o(s) molde(s), untando-o(s) com óleo, preferencialmente em spray.

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    Em uma panela de banho-maria, aqueça o líquido de sua escolha (leite, água, chá, etc.) até 76°C-82°C. A água precisa estar morna, não fervendo.

  5. 5
    Adicione o sabonete ralado/picado mexendo devagar e constantemente.

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    Reduza o fogo para que o sabonete líquido/ralado entre em fervura branda.

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    Mexa devagar (mas não constantemente), até o sabonete derreter.

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    Acrescente aditivos, se desejar. Isso não é obrigatório, mas pode ser algo que você queira fazer para melhorar o sabonete final. Os aditivos podem incluir itens exfoliantes (por exemplo, flocos de aveia, flores de lavanda, etc.), óleos essenciais, corantes alimentícios e assim por diante. Caso você adicione algum, mexa-o bem.

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    Despeje a mistura imediatamente na forma e cubra com plástico filme.

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    Após 24 horas, remova o plástico filme e coloque o(s) molde(s) em um lugar seco e sem corrente de ar, por três ou quatro semanas. O sabonete estará pronto quando tiver secado o suficiente para se parecer com um sabonete novo.

domingo, 24 de março de 2013

Entendendo seu Cabelo

Saiba Tudo Sobre Seus Cabelos

As estatísticas indicam que mais de 60% dos brasileiros possuem cabelos crespos ou cacheados. Este tipo de consumidor utiliza de três a quatro tipos de produtos para lavar, condicionar, reduzir volume, etc. Normalmente, este tipo de cabelo tem dificuldade em hidratar-se de forma natural, devido à dificuldade da distribuição homogênea do serum produzido nas glândulas sebáceas. Já nos cabelos lisos, a oleosidade natural do couro cabeludo distribui-se da raiz até as pontas, hidratando o fio por inteiro.
A exposição demasiada aos raios solares, a água do mar ou clorada de piscina, o vento e a poeira, deixam os cabelos demasiadamente secos e carregados de resíduos químicos que afetam o brilho, a maleabilidade e elasticidade. Nos cabelos tratados quimicamente, além destas agressões naturais, existe uma um ressecamento maior, devido à mudança na fórmula estrutural da queratina. Estes cabelos apresentam porosidade intensa, por causa da transformação radical que sofreram.
Para o tratamento de todos os tipos de cabelos, a Haskell Cosmética Natural – empresa especializada em produtos para tratamentos capilares – oferece várias linhas de produtos para hidratar, recuperar e devolver o brilho e a maciez dos cabelos.
Os produtos Haskell são desenvolvidos com ingredientes de alta qualidade, para atender os profissionais de beleza e os clientes que primam por beleza, saúde, bem-estar e auto-estima.
O Cabelo
O cabelo (do latim capĭllus) é cada um dos pêlos que crescem no couro cabeludo; são diferenciados dos pêlos comuns pela sua elevadíssima concentração por área de pele e pelo desenvolvimento em comprimento. Os fios de cabelo possuem duas estruturas separadas: o folículo ou raiz que tem sede na pele e a haste situada acima da epiderme. São constituídos principalmente de queratina, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre.
O cabelo humano é composto por aproximadamente 85% de queratina, uma proteína rica em aminoácidos. Em sua composição também constam quantidades menores de hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e outros elementos como Ferro, Cobre, Zinco, Iodo, vinte tipos diferentes de aminoácidos, proteínas, lipídios e água. Estes elementos são vitais para a saúde e boa aparência dos cabelos que sofreram ataque químico, principalmente os cabelos crespos submetidos à ação de substâncias alisantes, relaxantes e amaciantes.
Veja a importância dos minerais para os cabelos:
Cálcio - a deficiência de cálcio faz com que o cabelo fique frágil e quebradiço.
Manganês - é essencial para a cutícula do cabelo, para a sua lubrificação e proteção ideal, agindo como uma barreira. Existem vários trabalhos que relacionam sua falta à existência da alopecia, isto é, queda de cabelo, sendo que vários tratamentos contra a queda de cabelos utilizam o manganês como aditivo fundamental.
Silício - este é um dos componentes mais importantes para o cabelo, pois participa de uma etapa importantíssima da reconstituição do cabelo e luta contra o seu envelhecimento.
Zinco - é fundamental para a oxigenação, reconhecido no mundo cosmético/científico como ideal para o fortalecimento capilar.
Todos estes nutrientes são encontrados em alimentos como iogurte, espinafre, arroz integral e gema de ovo. Por isso, é importante alimentar-se de forma saudável, pois não é só de bons cosméticos que o cabelo vive
Fases do Cabelo
O ciclo biológico do cabelo é dividido em três fases. Anágena (Crescimento) Catágena (Repouso) e Telógena (Queda).
1. Anágena: fase de crescimento ativo do cabelo e pode durar por vários meses e até vários anos; a média é de três anos. O comprimento do cabelo de cada pessoa é determinado por essa fase, ou seja, se for mais longa em uma determinada pessoa, ela poderá ter cabelos mais compridos que outra cuja fase é mais curta.
2. Catágena: fase de transição. O período é relativamente curto, durando de 2 a 4 semanas e é quando ocorre uma interrupção do crescimento dos fios.
3. Telógena: a fase telógena dura de 3 a 6 meses e durante este período ocorre o desprendimento dos fios do couro cabeludo. Eles podem facilmente ser arrancados apenas penteando ou lavando os cabelos. Terminada essa fase, um cabelo novo cresce da mesma raiz reiniciando o ciclo.
Nosso cabelo é composto normalmente por 80 a 90% de fios na fase anágena, 10 a 15% na fase telógena e menos de 1% na fase catágena.
A Estrutura dos Fios
O cabelo possui duas estruturas: a parte interna, constituída de bulbo ou raiz, e a parte visível, a haste. Os produtos utilizados nos cabelos devem ser escolhidos com máxima cautela, pois cada tipo de cabelo ou problema tem um produto adequado para uso.
Na raiz, por exemplo, os fios adquirem as características básicas e naturais de cor, espessura, resistência e formato. O bulbo interage com as glândulas sebáceas que produzem suor e oleosidade, e também com os capilares sangüíneos, nervos e musculaturas, que influenciam no equilíbrio do couro cabeludo, na estética e na aparência dos fios.
Os fios são compostos por três camadas: medula, córtex e cutícula.
Medula: é a parte mais central do fio. Ela tem baixa densidade celular, sendo composta em sua maioria por células mortas e ocas. Influi muito pouco sobre o comportamento físico e químico da fibra. É através da medula que são veiculados todos os resíduos nocivos que penetram no cabelo, como transpiração, poluição e a oleosidade do couro cabeludo.
Córtex: é a parte central, responsável pelas características como elasticidade, resistência, permeabilidade e a cor dos fios. É formado por um conjunto de fibras unidas por uma alta concentração de queratina, rica em enxofre e grãos de melanina. As intervenções químicas mais radicais, como coloração, alisamentos e ondulamentos, atuam principalmente nessa região, alterando a sua estrutura.
Cutícula: é a parte mais superficial, responsável pelo brilho, maciez e a proteção dos fios. Quando não agredida, caracteriza o aspecto uniforme dos cabelos. É formada por um conjunto de placas - as escamas - que são sobrepostas uma às outras. Sua composição básica é de aminoácidos (ceramidas e ácidos graxos essenciais) e minerais.
Quando as cutículas estão fechadas, o cabelo tem aparência de saudável e bem tratado. Quando estão abertas o cabelo é frágil, quebradiço e sem brilho.
A Queratina
O cabelo tem em sua composição aproximadamente 85% de uma proteína chamada queratina, uma proteína que constitui outras partes do corpo dos animais, como unhas, bicos de aves, chifres, pêlos, cascos e espinhos. A queratina contém em sua composição aminoácidos (cistina, tirosina, arginina e citrulina) que atuam na estrutura capilar e retém a umidade. Daí a sua importância, pois a exposição dos fios às agressões químicas ou naturais (sol, cloro, água do mar e poeira) pode resultar na perda de aminoácidos. A pouca quantidade de aminoácidos dificulta a fixação dos pigmentos da coloração, anula o efeito de relaxamentos e permanentes e tira o brilho e a cor dos cabelos; provocando ainda pontas duplas, devido ao ressecamento progressivo.
Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de queratina estão entrelaçadas em uma forma espiral, sob a forma de placas que se sobrepõem, resultando em um longo e fino “cordão” protéico. Estas proteínas interagem fortemente entre si, por várias maneiras, resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc.
Quais os benefícios da queratina para os cabelos?
- Melhora brilho e a textura dos cabelos;
- Aumenta a retenção de água hidratando;
- Auxilia na penetração e fixação de tinturas;
- Previne a formação de pontas duplas e restaura as existentes;
  • Reduz danos causados por tratamentos químicos

O p.H
Manter os cabelos saudáveis realmente não é fácil. Além de lavar, hidratar e cortar, é preciso ter o controle sobre a química dos fios.
O pH, ou Potencial de Hidrogênio, é a escala que mede o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância, podendo variar de 0 a 14. O pH normal do cabelo humano fica em torno de 4,5 a 5,5, ou seja, ligeiramente ácido. Assim se forma o manto ácido, que tem como função impedir a proliferação de fungos e bactérias no couro cabeludo, evitando irritações. Fios com pH neste grau são saudáveis e têm as cutículas fechadas (aderentes e lisas).
Os cosméticos capilares com pH alcalino são usados para modificar a estrutura externa e interna dos cabelos, abrindo as cutículas a fim de penetrar nos fios. O pH ácido reforça a fibra capilar, age como adstringentes e neutraliza os tratamentos feitos com cosméticos alcalinos.
Ao utilizarmos produtos muito ácidos (pH entre 1 e 2), assim como produtos muito alcalinos (pH acima de 10), os cabelos “incham”, pois as cutículas se abrem. Deste modo o córtex fica mais exposto (menos protegido pelas cutículas), e é desta forma que os tratamentos químicos como alisamentos, permanentes e colorações são mais eficazes. Quando as cutículas estão mais abertas e o córtex está menos protegido, dizemos que aumentou a porosidade de cabelo.

Cosméticos Caseiros Naturais

Introdução
Desde a antiguidade é muito utilizada pelos diversos povos de todo o mundo. A cada dia vem ganhando mais credibilidade e despertando mais interesse em todas as camadas sociais. É interessante especular como as civilizações antigas faziam para descobrir o uso a dar às plantas medicinais. Não existem evidências de que existia algum sistema de medicina presente que pudesse explicar o funcionamento do corpo e da manutenção da saúde.
O ser-humano seguia somente o seu instinto natural. Com uma grande aproximação à natureza, os nossos antepassados tinham um grande conhecimento sobre como usar o ambiente para se manterem vivos. Este instinto pode ser visto nos animais que não vivem em cativeiro, que podem consumir alimentos em quantidade e combinação correctas para a manutenção da saúde; sabendo quais as plantas a evitar por serem venenosas e também escolher as plantas certas para comer quando estão doentes. Tal comportamento provavelmente também se passou com os nossos antepassados, que adquiriram gradualmente mais conhecimento, capaz de utilizar as diferentes plantas e ervas para se manterem bem. Os primeiros escritos relativos à medicina pelas plantas têm cerca de 5000 anos e são obra da Civilização Suméria. Consistem numa série de placas de argila, gravadas com caracteres cuneiformes, referindo “receitas medicinais” com plantas. Assim começa a “história oficial” da fitoterapia, ainda que, na realidade a sua origem remonta à pré-história. Desde sempre o homem utilizou as plantas, quer como alimento, quer para fins curativos, pelo que todas as civilizações desde as mais antigas, foram progressivamente descobrindo as suas virtudes e segredos. Ao longo dos tempos foi-se acumulando um manancial de conhecimentos empíricos que evoluíram até aos nossos dias. Hoje, os métodos científicos, juntamente com a tecnologia de ponta, permitem-nos identificar os princípios activos das plantas, descobrir-lhes novas propriedades e desenvolver novas apresentações para uma utilização mais eficaz, mais simples e mais adaptada à vida actual.
Ao longo da história da humanidade, a arte da cura tem sido uma doutrina crescente e em mudança. Se olharmos para a história da medicina em várias civilizações podemos perceber muitos paralelos. Segue um resumo histórico da medicina no Egito, China, Índia, Grécia, Roma, Árabe e a Medicina Moderna na Europa. Em cada uma destas, podemos observar um grande número de similaridades.
Egito - Um papiro egípcio de 30 a.C. descreve muitas plantas, animais e remédios inorgânicos. Muitos destes foram provavelmente descobertos empiricamente e alguns como o coentro, o funcho, o sene e o absinto são usados ainda hoje. Existe uma clara evidência de ópio produzido a partir da papoula cultivada no Vale do Mesopotâmio, provavelmente a primeira experiência do ser-humano na preparação de medicamentos.
China - Um livro chamado Suo Uen, datado de mais de 5000 anos, contém o registro de mais de 300 plantas. O Pen T’sao Kang (Grande Herbário), datado de 1552 aC., contém 1871 remédios com 8160 fórmulas descritas em 52 volumes. Ainda hoje na China, a Fitoterapia é a principal terapêutica ensinada nas universidades de Medicina Tradicional Chinesa, sendo mais exercida que a Acupuntura.
O fundamento básico para a medicina chinesa é o uso dos cinco elementos (madeira, fogo, terra, metal, água) em conjunto com o conceito Yin/Yang (como um pulsar de forças que manifestam tudo no universo) e a força vital de cada ser vivo, chamado de Qi ou energia da vida. Estes três conceitos são usados para explicar as mudanças na saúde do corpo humano.
Um exemplo da eficácia da medicina chinesa em comparação com a medicina moderna é o uso das ervas chinesas para o tratamento de eczemas. Usando a teoria médica chinesa, podemos dar uma explicação sobre o eczema como sendo um excesso de calor no corpo, manifestando-se na pele. A prescrição apropriada envolveria uma erva refrescante.
Análises químicas destas ervas revelam componentes interessantes como os esteróides naturais. Do ponto de vista dos médicos ocidentais, os esteróides podem ser um tratamento eficaz para o eczema, pois diminuem a inflamação (e o calor) e, em cremes, são uma forma comum de tratamento do eczema na medicina moderna.
Índia - Em sua milenar medicina denominada Ayurveda, a Fitoterapia recebe destaque especial, existindo registros do seu uso há 4000 anos. No período Bramânico, (em torno do século IX aC), foram feitas anotações da utilização de mais de 1000 vegetais.
O conceito de equilíbrio numa pessoa e também no seu ambiente é o ponto fundamental desta medicina, tão antiga e eficaz quanto a medicina chinesa. Também trabalha com cinco elementos – terra, ar, fogo, água e éter. Isto sugeriria que este conceito deve ter vindo da China e influenciou outras culturas como o conceito de éter da Grécia Antiga. A Medicina Ayurvédica também reconhece o conceito de força vital inerente de todos seres vivos, denominado Prana.
Grécia e Roma - No Século V a.C., Empedócles descreveu quatro elementos que asseguravam a vida. Estes eram, a terra, o ar, o fogo e a água. Acreditou-se que se relacionavam a quatro humores do corpo, nomeadamente bílis preta, sangue, bílis amarela e muco. O princípio era de que um desequilíbrio em algum desses elementos causava a má saúde.
Hipócrates (462 a.C.) é indiscutivelmente o médico mais conhecido do seu tempo e é também referido como o Pai da Medicina. Ele usou uma gama de 300 remédios diferentes que, juntamente com uma mudança no estilo de vida e dieta, foram usados para corrigir desequilíbrios no corpo. Ele é também recordado por utilizar massagens e hidroterapia. Uma de suas frases famosas: “É mais importante conhecer o tipo de pessoa que tem a doença, do que conhecer o tipo de doença que a pessoa tem”.
Os romanos fizeram um avanço impressionante quanto aos cuidados com a saúde.
Estabeleceram a importância do uso de água limpa, dispuseram de sistema de esgotos e consequentemente de higiene. Esta foi uma das primeiras formas de medicina preventiva do Ocidente. Os romanos também aceitaram a idéia de isolar quem estava afetado por determinadas doenças.
O uso das ervas floresceu durante o Império Romano, usando o conhecimento que provavelmente foi obtido dos Gregos. Dioscorides fez um herbário descrevendo 600 plantas, ilustrado a cores. Galeno empreendeu a primeira forma de controle de qualidade, incentivando os funcionários públicos romanos a fiscalizar o conteúdo dos remédios. Galeno também foi o primeiro a combinar ervas na prática médica Ocidental. Estas misturas de ervas eram conhecidas como galénicas, um termo que ainda é utilizado nos dias de hoje.
Pérsia/Árabe - O declínio do Império Romano reduziu o avanço do conhecimento na Europa.
Este período é recordado na história como a Idade das Trevas, onde o trabalho científico e cultural ficou estagnado. Também, os avanços na teoria médica e herbal declinaram. Entretanto o conhecimento sobre o uso das ervas foi mantido vivo pelos monges. Eles estavam numa posição privilegiada podendo ser capazes de manter registos escritos disponíveis e manteram o conhecimento médico e herbal relativamente intacto durante este período. A lacuna deixada pelo colapso do Império Romano era preenchido pelo surgimento do Islã e a proeminência do Império Muçulmano que perdurou dez séculos. Os Persas e os Árabes mantiveram as idéias de Galeno, mas adicionaram os seus próprios remédios como a Cânfora e o Bórax. No Século XI uma enciclopédia médica chamada “The Canon Medicinae” foi escrita pelo médico Avicena. Esta tornou-se a base para o conhecimento no Ocidente por muitos séculos.
Renascimento na Europa - Como todos os grandes impérios, a força do Império Muçulmano declinou, dando caminho para o renascimento da cultura Europeia e o Período da Renascença. Este foi o período das descobertas, com as viagens de Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, das numerosas invenções e o começo das bases físicas e químicas. Aspectos científicos e culturais no mundo Ocidental progrediram com grande velocidade.
Com a invenção da impressa nos Séculos XVI e XVII, viu-se a produção de muitos trabalhos sobre ervas. Havia também traduções de trabalhos médicos do Grego clássico para muitas línguas. Durante este tempo, o conhecimento de plantas aumentou com o trabalho de William Turner (1568), Jonh Parkinson (1640) e Nicholas Culpepper (1652). Estes herbalistas estabeleceram o lugar para muitas das ervas que nós usamos hoje.
Entre os mais ilustres personagens da história da medicina ocidental, esta o médico alquimista conhecido pelo codinome de Paracelso, nascido na Suíça em 1493, falecido em 1541. Grande gênio da medicina e farmacologia, é considerado o primeiro investigador das Ciências Alquímicas Ocidentais, introduzindo a alquimia na preparação de medicamentos, afirmando que “a principal finalidade da Alquimia não é fabricar ouro, e sim, produzir medicamentos”. Paracelso começou por questionar os antigos conceitos e opiniões dos humores, e o desequilíbrio dos humores no corpo. Viu a doença como um evento externo e sugeriu que as plantas tinham ingredientes activos que poderiam influenciar tais eventos. Esta foi a época onde epidemias como a peste bubonica, a malária e a sífilis tiveram que ser enfrentadas.
Um passo significativo na medicina Ocidental foi o renascimento durante o Século XVIII, da ideia de higiene e saúde, que os Romanos introduziram séculos antes. O escocês Jenner, o francês Pasteur e o alemão Koch, foram os primeiros a reconhecer que microorganismos poderiam ser responsáveis por doenças infecciosas e que muitas doenças e epidemias eram transmitidas de pessoa para pessoa e pela falta de higiene. Lister foi o primeiro a esterilizar instrumentos cirúrgicos. 2) Os Elementais da Natureza
É importante saber que no estudo das bases filosóficas da fitoterapia, dentro das medicinas
Alquímica, Chinesa, Ayurveda, Maia, Umbandista e da Medicina Tradicional dos Povos Nativos do Brasil e das Américas, existem fortes semelhanças, embora mantendo características próprias à cultura de cada povo, sugerindo a possibilidade de uma fonte comum.
Entre as semelhanças, existe o conceito de uso de elementais regendo a metodologia de preparo dos medicamentos e as funções orgânicas dos animais e vegetais. Os elementais são distintos no número e forma dentro de cada cultura, mas estão inter-relacionados:
•4 elementos básicos da Alquimia: Fogo, Terra, Água e Ar
•5 elementos da Medicina Ayurveda e Maia: Fogo, Terra, Água, Ar e Éter
•5 elementos da Medicina Chinesa: Madeira, Metal, Fogo, Terra e Água
•7 elementos da Medicina Umbandista Cristal, Mineral, Vegetal, Eólico, Hídrico, Ígneo e Telúrico
Outras semelhanças também podem coexistir, com outros sistemas terapêuticos, utilizados por diferentes povos. Conhecer a estrutura filosófica das Medicinas Tradicionais é importante para quem quer exercer com segurança a arte do uso dos vegetais.
3) Plantas de Poder e o Poder das Plantas
Nessa parte do trabalho pretendo desmistificar o conceito de plantas de poder como é normalmente utilizado. Existe nessa questão uma segregação das plantas ditas comuns da chamadas plantas de poder, como se as comuns não causassem efeito algum no usuário.
Explicando melhor: é separado como plantas de poder as chamadas plantas enteógenas (do grego entheos = Deus dentro), que também são conhecidas como “plantas mestres” ou “plantas sagradas”. Entre elas encontramos as que causam uma alteração de consciência e são utilizadas em rituais espirituais, como o cactus Peyote, a bebida Ayahuasca (utilizada nos rituais de Jurema e Santo Daime), a Datura (planta muitas vezes confundida com a flor de Lírio), uma espécie de Sálvia chamada de Divinorum, entre muitas outras.
Particularmente prefiro não utilizar essa segregação. Acho que todas as plantas tem uma função sagrada e causam mudanças internas no usuário. Desde um simples chá de Boldo até o uso da pimenta Malagueta na culinária, as plantas mostram seu poder. Depende do grau de interação e do conhecimento do efeito por quem está utilizando para conseguir o resultado esperado. É de conhecimento popular os efeitos benéficos do Boldo para o fígado e estômago, somente isso já mostra um poder dessa planta. Mas sabendo desse efeito, conhecendo a planta e, se possível colhendo no momento do uso, o efeito será muito maior.
Outro exemplo é a Datura, planta classificada como enteógena e conhecida como “erva do diabo”, nome dado pelo antropólogo-xamã Carlos Castaneda. Dela se extrai um princípio ativo conhecido como Atropina, que é largamente utilizado na indústria farmacêutica para produzir remédios para problemas renais. Na Índia, há séculos essa planta é utilizada para fins diuréticos.
Quero dizer com isso tudo que não separo as plantas enteógenas das plantas comuns, todas são sagradas e por sua vez medicinais. Por isso o uso das plantas em geral deve ser feito com respeito e conhecimento do poder que cada uma possui. Desse modo não estaremos banalizando e nem profanando o poder das plantas. Para os povos nativos Guaranis, o tabaco é uma erva sagrada, utilizado em rituais, na socialização da comunidade e para fins espirituais. Já para a sociedade global, o tabaco foi banalizado e transformado em cigarro, que representa uma droga que causa dependência e traz transtorno para vida social e problemas de saúde pessoal.
No final do texto segue a relação das plantas de poder utilizadas no curso, com o poder de cada uma, com base em vivências e experiências de uso pessoal no decorrer de mais de 15 anos de pesquisa. Volto a afirmar que é necessário uma pesquisa pessoal de cada um que está experimentando essas plantas, mesmo que o uso seja externo, como propõem-se na confecção dos fitocosméticos.
4) Teoria das 5 Peles
Doutor Jong Suk Yum, médico coreano, iniciou na década de 70 uma medicina intitulada
Probiótica. Entre diversas formas de tratamento propostas, ele trabalha com o conceito de que as pessoas podem adoecer e serem curadas por 4 vias: pensamentos, alimentos, movimentos e pele.
Ele afirma, com base em uma larga experiência de muitos anos de prática da Probiótica, que os problemas e doenças iniciam na mente, com o pensamento negativo, aumenta com uma alimentação deficiente em elementos essenciais para manutenção da vida juntamente com o consumo de químicos em excesso, aliado a um estilo de vida sedentário que a humanidade segue e a falta de cuidado com a pele, maior órgão do corpo humano.
Para trabalhar os processos de cura, ele propõem inicialmente o pensamento positivo, uma alimentação adequada e balançeada, movimentos corporais diários ao acordar e antes de dormir, e na questão da pele utilizar apenas elementos naturais, juntamente com banhos alternando a temperatura da água entre frio e quente, durante 1 minuto cada um, várias vezes ao dia, para cura através da pele.
Associado a esse conceito das 4 vias de adoecimento e cura, temos a chamada Teoria das 5
Peles, desenvolvida por um arquiteto, artista e ambientalista austríaco, chamado Hundertwasser, que revolucionou em muito a forma de enxergarmos e interagirmos com a sociedade e o planeta Terra como um todo.
Para ele, a sociedade que vivemos, guiada para o consumo, é criminosa por nos desviar de nosso verdadeiro objetivo como seres humanos: encontrarmos o nosso bem estar, viver bem e fazer o bem para o ambiente. É uma propsta de verdade simples, calcada em ações, que se fundamenta na ética moral e na prática. Para isso ele propõem um método, chamado de 5 Peles, uma pele para cada esfera do nosso ser.
A primeira pele é a nossa epiderme: é proposto aqui o retorno da participação do ser humano ao ciclo orgânico da matéria, uma espécie de volta às raízes, afinal a palavra homem e humanidade vem de húmus, que quer dizer terra.
A segunda pele é o vestuário, nossas roupas. Aqui é questionado a criação e o consumo em série, na medida que eles omitem do ser humano a afirmação de sua singularidade na vestimenta, ocorrendo uma renúncia ao individualismo através de um anonimato das roupas, onde todos somos afetados por 3 males: a uniformidade, a simetria e a tirania da moda.
A terceira pele é a casa, e a crítica feita sobre a uniformidade das criações também vale para nossa moradia. Ele propõem o fim da linha reta e o retorno ao traço orgânico e individual.
A quarta pele se refere ao meio social, o bairro que a casa está inserida, a cidade, o país como nação. Essa pele é responsável pela formação da identidade nacional.
A quinta pele é a ecologia, a preocupação e o cuidado com o ambiente global. É aqui que entra a consciência ecológica, em prol de um mundo mais harmônico. Ele dizia que: “És um hóspede da natureza!”. Nesse pensamento, afirmava que a revolução verde não é uma revolução política.
Antes disso é uma evolução criadora em harmonia com o curso orgânico da natureza e do universo.
Trazendo essa teoria/método para o tema dessa vivência, ao trabalharmos com os fitocosméticos, estamos contribuindo para a melhoria de saúde da nossa primeira pele. Juntamente com a produção dos materiais de limpeza, também cuidamos da saúde de nossas segunda e terceira peles. Ao conseguirmos produzir nossos próprios materiais de limpeza, orgânicos e totalmente absorvíveis pelo ambiente, cuidamos também da nossa quarta e quinta peles.
5) Ecologia Interior e Autogestão
Hoje em dia assistimos a uma junção um tanto confusa entre medicina e remédios, principalmente na medicina convencional. Quando pensamos num retorno às forças curativas naturais, pensamos apenas em remédios naturais. Na verdade, usar as plantas para se curar não é a única forma pela qual a natureza cura.
Na concepção da medicina oriental, saúde é conseqüência do estado de unidade com a natureza. Nessa visão, as doenças são múltiplas, mas a saúde é uma só. Ninguém adoece se está unificado com o todo, com a natureza. A primeira divisão que fazemos é na relação ser e Universo, inicialmente nos colocando como “ser superior” para posteriormente abrirmos uma fissura na unidade, até que ela se torne um abismo.
Vem então a doença, que começa na mente, com essa divisão. Nós, seres humanos, somos filhos da natureza e não existimos separados dela. E num ser dividido internamente sua mente fica confusa e passa a enxergar propósitos próprios. Ao tentar realizá-los em separado não consegue, se frustra e sofre. Então adoece. A cura está na recuperação da unidade com nosso ser verdadeiro, que é a unidade com a natureza. Isso começa na harmonização com o ambiente que estamos inseridos, com os movimentos sutis da natureza e dos ciclos cósmicos, em respeito e sincronismo com o biorrítmo pessoal de cada um.
Esse é o significado da Ecologia Interior (do grego ecos=casa; logia=estudo). Um método terapêutico de proceder diretamente de si mesmo, cuidando da nossa “casa interior”, atravessando a barreira mental que nos separa da natureza e curando a divisão interior que ocasiona as doenças.
O objetivo da Ecologia Interior é dar ao ser uma idéia de maior espaço interior. A clareza e calma possíveis nesse espaço interior é o primeiro passo em direção à cura. O relacionamento entre o espaço interior e o espaço exterior é estabilizado suficientemente para que a luta com o mundo externo seja relaxada. Pois o espaço não é um vazio onde o ser humano pode colocar o que quiser, tudo está vivo, tudo contém e faz parte da mesma energia, que pulsa em cada ser, em cada árvore, em cada pedra, em cada estrela.
A proposta desse curso é a busca dessa harmonia interior, onde através do uso dos fitocosméticos podemos diminuir a distância que fixamos entre nosso ser e o Universo. Para isso é necessário uma mudança de hábitos e atitudes, possibilitando um transformação interna, chamada de “reforma íntima”. Nesse ponto, atogestão passa a ser aliada da Ecologia Interior.
Nessa parte do trabalho, chegamos em dois conceitos que possuem variadas interpretações, desde progressistas até conservadoras. O que busco é a idéia pedagógica de transformação individual e social que o curso propõem. Por isso a busca da liberdade como indivíduo na escolha e uso dos fitocosméticos leva a uma autogestão quando se expande essa busca para grupos coletivos, principalmente grupos familiares.
Não vou me prender na conceituação política ou filosófica que os termos liberdade e autogestão sugerem, ao contrário, pretendo utilizar a idéia de liberdade que consiste na qualidade de um indivíduo de tomar suas próprias decisões, com base em sua razão individual e com respeito às peculiaridades de cada ser que compõem o coletivo a que pertence.
Nesse sentido, um coletivo formado por indivíduos libertos não necessita de hierarquias ou lideranças fixas, permitindo que cada um exerça seu potencial dentro de suas possibilidades, constituindo um grupo autogestionário nas práticas e ações cotidianas.
Com o estudo da Fitoterapia e uso dos fitocosmésticos, promovemos a reforma íntima através da Ecologia Interior, possibilitando uma maior liberdade nas tomadas de decisões em busca da autogestão nas relações humanas, familiares e nos grupos de trabalho.
6) Prática com os Fitocosméticos
Segue as receitas de preparação dos fitocosméticos, lembrando que a melhor forma de uso está na simplicidade do preparo, respeito e conhecimento com a planta utilizada. De preferência que esse preparo seja diário quando for necessário aquecimento ou maceração da planta utilizada. Volto a afirmar que é preciso conhecimento das propriedades da planta em uso, contribuindo para um maior aproveitamento de seu poder medicinal e cosmético.
Pó Anti-séptico Básico (PasBas):
½ Juá; ¼ Cravo; ¼ Canela
Leva esse nome pois é a base para a formulação dos xampus, desodorantes, talco para os pés e pasta de dente. A idéia principal é fazer um composto rápido de confeccionar, simples de usar e fácil de transportar. Na minha formulação pessoal, utilizo pó de juá, cravo em pó e canela em pó. Mas fica aqui aberto a proposta de que cada um chegue numa fórmula de uso pessoal, usando elementos anti-sépticos e aromáticos. Como opção à esses 3 citados temos o gengibre e a berinjela (ambos em pó).
Xampus
O principal motivo para se utilizar um xampu fitocosmético é substituir de imediato um químico muito forte e agressivo à saúde e ao couro cabeludo, o chamado Lauril Éter Sulfato de Sódio (LESS), elemento constituinte de todas as formulações de xampus convencionais. Até mesmo nos chamados alternativos comerciais, ditos naturais pelos fabricantes, encontramos o LESS. Por isso que iniciar o uso dos fitocosméticos pelo xampu é importante. Comece a transformação pela sua cabeça!
Nessa garrafada coloco uma (01) colher pequena (pitada) do Pó Anti-séptico Básico ( PasBas )Agite

Faça um chá com a erva de sua preferência na quantidade de uma lavada, ou seja, faça o tanto que for usar em um banho. Costumo fazer o equivalente a uma garrafa de 200 ml de chá. bastante e deixe esfriar. Está pronto para uso, lavando os cabelos com todo o conteúdo preparado.
Cabelos secos: utilize uma quantidade maior de cravo-da-índia, pois ele possui um óleo medicinal (eugenol) que ajuda no equilíbrio dos cabelos mais secos; Cabelos oleosos: use mais canela no lugar do cravo; Cabelos mistos: use cravo e canela em equilíbrio. Para todos os tipos de cabelos, utilize sempre o juá em maior quantidade , que é neutro e bastante anti-séptico, rico em saponinas, elementos que produzem espuma.
Existe uma alternativa ao juá, chamada saboneteira ou árvore-do-sabão, que possui na sua composição elementos que produzem espuma e causam limpeza com um forte efeito anti-séptico. Nesse caso usa-se a casca do fruto que envolve a semente, diretamente sobre o chá da erva escolhida. Uma casca serve em média para 3 lavagens.
As ervas recomendadas e testadas para xampus são: Alecrim; Arruda; Bardana; Camomila;
Gengibre; Jaborandi e Sálvia. No final desse texto segue anexo uma tabela com as propriedades cosméticas de cada uma das ervas relacionadas.
Xampu contra piolhos - Coloque um bom punhado de folhas de arruda em infusão no álcool de cereais ou comum (de cozinha), deixando descansar ao abrigo da luz por 3 dias. Aplique com um algodão diretamente nos principais pontos de coceira, cobrindo o cabelo com uma sacola ou touca plástica. Deixe agir por no mímino meia hora enxaguando em seguida com o chá de arruda. Repita esse procedimento todos os dias por 2 semanas, que é o ciclo de vida dos piolhos.
Condicionadores
Para condicionamento capilar é possível usar as ervas, frutas ou óleos diretamente, sem a necessidade de aquecimento, infusão ou maceração. A babosa já citada anteriormente, funciona como xampu, tônico e condicionador. O abacate é rico em óleos e gorduras, sendo excelente para cabelos secos. A casca da manga, sempre jogada fora, funciona muito bem como hidratante. O óleo de copaíba é útil para aplicar nas pontas de cabelos oleosos e o óleo de andiroba para as pontas de cabelos secos.
Desodorante e Talco Anti-séptico
O princípio do desodorante de fitocosmético é combater o odor da transpiração permitindo o suor. Isso porque o suor é um dispositivo natural do corpo humano, sendo necessário para realizar trocas de temperatura com o meio. Impedindo o suor como fazem os desodorantes antiperspirantes, impedimos a eliminação dos fluidos necessários para o equilíbrio corporal, fazendo com que sejam eliminados por outras vias que não as axilas. Com isso contribuímos para o aumento da transpiração dos pés, mãos, rosto, pescoço, couro cabeludo e virilhas, ocasionado outros problemas oriundos da composição desses fluidos corporais, como coceiras, escamações e alergias. Além da associação de efeito antiperspirante com catalização de processos de cânceres, devido a elementos presentes na composição dos desodorantes como alumínio, soda cáustica e titânio.
Desse modo, devemos permitir a transpiração e combater as bactérias e fungos que se alojam nas axilas, local propício para o desenvolvimento dos seres que se alimentam do suor e produzem o odor característico de mau cheiro da transpiração. Com isso, utilizo uma pitada do PasBas em cada axila , sendo preciso realizar aplicações no decorrer do dia conforme necessidade.
Desodorante líquido: uma alternativa ao uso do PasBas como desodorante é fazer um à base de álcool de cereais, um tipo especial de álcool usado pra cosméticos, água e óleo essencial medicinal. No meu uso, coloco a proposrção de 70 a 80% de álcool de cereais, algumas gotas do óleo essencial medicinal e o restante de água filtrada. Na hora do preparo, tome o cuidado de colocar o óleo sobre o álcool, depois acrescente a água. Pronto, temos um desodorante excelente! Caso queira um neutro, é possível colocar uma pitada de bicarbonato de sódio na mistura álcool+água, sem o óleo. Lembre-se de procurar um óleo que tenha aplicação dermatológica, para evitar alergias ou coceiras. Existem no mercado muitas essências de ervas que se confundem com os óleos medicinais. No Brasil temos poucas marcas de aplicação medicinal. Fique atento!
Para a função de talco anti-séptico para os pés, uma pitada do mesmo PasBas dentro da meia ou sapatos é suficiente. Isso combate também frieiras e previne rachaduras, além de eliminar o mau cheiro.
Hidratantes para Pele e Protetores Solar
Para hidratação da pele, é possível também utilizar as ervas e frutas de forma natural como usado para condicionador capilar. No caso de protetor solar, existe aqui uma controvérsia quanto a função dos protetores convencionais, chamados também de protetores químicos. Eles funcionam como um espelho metálico, refletindo os raios solares sobre a pele. Devido a esse fato todos os protetores químicos possuem na sua composição elementos metálicos como o titânio (dióxido de titânio). Quanto maior o grau de proteção (chamado FPS), maior a quantidade de metal. Se por um lado protegemos a pele com a reflexão do sol, por outro lado está sendo absorvida uma grande quantidade de metal pela pele. Por isso a melhor proteção solar é a chamada proteção física, que consiste em cobrir a pele com tecidos suaves, roupas leves e claras e chapéu na cabeça. Basta seguirmos o exemplo dos povos nômades que vivem em regiões desérticas, enfrentando sol escaldante sem protetores químicos, apenas com proteção física das vestimentas e cuidados com o horário de exposição ao sol.
A polpa do abacate possui um óleo que tem grande poder umectante contra a desidratação da pele. Quando aplicado com um algodão, remove as impurezas dérmicas. Esmagado e friccionado pelas mãos é uma excelente loção. Por ser rico em óleos e gorduras, funciona como bronzeador solar e hidratante, que deve ser utilizado com cautela por pessoas de pele clara.
A manga pode ser aproveitada por inteiro. A casca passada na pele é hidratante e refrescante, funcionando tanto para antes de um banho de sol como para depois. Por ser rica em vitaminas A e C, funciona também como protetor solar. No final do seu uso, o caroço se torna um excelente sabonete!
O mamão é uma dádiva da natureza para o ser humano. Do mamoeiro se aproveita tudo: a raiz, o caule, folhas, flores e o fruto por inteiro (casca, polpa e sementes). Rico em vitaminas A, C e do complexo B, possui um alcalóide chamado papaína que é um excelente regenerador de tecidos, funcionando como poderoso hidratante e umectante para pele. Por ser fonte de beta-caroteno e vitamina C, é muito bom para ser usado como protetor solar. Passe a parte interna da casca do mamão diretamente sobre a pele, espere alguns minutos e veja que essa polpa é totalmente absorvida pelo tecido da pele, contribuindo para sua hidratação e limpeza.
Nem só com as frutas e ervas podemos hidratar a pele. Existe um cereal que realiza muito bem essa função, a aveia. Bata um pouco de aveia com água, até ficar com consistência de creme. Está pronto o chamado “leite de aveia” natural, excelente hidratante!
Pasta de Dente
O flúor, principal constituinte da pasta de dente, é um elemento bastante criticado na atualidade para saúde humana. Por ser o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos da tabela periódica, na forma pura é altamente perigoso, causando graves queimaduras químicas em contato com a pele. É considerado por vários cientistas e centros de pesquisa como a maior fraude científica do século. Fatos históricos mostraram o uso em larga escala do flúor em campos de concentração nazista, funcionando como sedativo aos prisioneiros antes da morte. Na forma gasosa, mostrou-se eficaz como arma, tanto para a Alemanha na segunda guerra quanto para os Estados Unidos na guerra do Vietnã.
O flúor é um veneno cumulativo, mais tóxico que o chumbo e quase tão tóxico quanto o arsênio. No entanto, o limite máximo permitido de chumbo na água potável é de 0,05 partes por milhão (ppm), enquanto o nível recomendado para o flúor na água é de 1,0 (ppm). Atualmente, somos forçados através da adição à água, a beber este veneno cumulativo mais tóxico que o chumbo num nível 1.900% mais alto que o limite máximo permitido para o próprio chumbo! Cientistas éticos foram denegridos por publicarem provas dos efeitos adversos da água fluoretada para a saúde. Se governos mundiais admitissem apenas um desses efeitos, abririam as comportas para uma possível avalanche de processos.
Não pretendo criar polêmicas entorno do uso do flúor, basta que cada um pesquise e tome suas próprias conclusões. A proposta de uso de um fitocosmético dental é principalmente eliminar o flúor da escovação, visto que já existe flúor em quantidade mais que suficiente na água, que é adicionada por uma lei que impera na sociedade global.
O princípio da pasta de dente proposta é utilizar o PasBas como elemento de limpeza na escovação, associado ao própolis para bochecho e gargarejo, juntamente com o uso do fio dental, imprescindível para uma boa higiene bucal. Vários dentistas apontam a função mecânica da escova como responsável por 50% da limpeza bucal, sendo o restante devido ao fio dental.
Então o procedimento é: uma pitada do PasBas na escova, juntamente com algumas gotas de própolis em solução de álcool de cereais. Uma variação possível pode ser feita com o uso do pó da berinjela (coloque uma berinjela inteira no forno até torrar e depois triture até virar um pó), que tem efeito alcalinizante e é remineralizante para os dentes. E não esqueça o fio dental como complemento da escovação!
Repelente
A confecção do repelente é simples: utilize a citronela, que é um capim semelhante ao capim-limão, porém não deve ser ingerido. Seu uso é externo. Coloque um punhado de citronela em álcool de cereais ou comum (de cozinha) e deixe descansar ao abrigo da luz por no mínimo 1 semana. Pronto, está feito o repelente a base de citronela, que possui um óleo essencial excelente para essa função. Passe um pouco dessa tintura nos pulsos e canela e está protegido. Outra forma de uso é fazer um creme hidratante-repelente, batendo num liquidificador um pouco de manga ou abacate com água e citronela até obter uma consistência cremosa. Pode-se fazer esse creme também com “leite de aveia” falado mais acima, batendo a citronela juntamente com a aveia e água.
Outro repelente natural é o óleo de andiroba, utilizado há tempos pelos povos nativos da região amazônica do Brasil para esse fim, aplicando o óleo diretamente na pele. A saboneteira, utilizada como base para xampu, também possui efeito repelente.
7) Prática com os Produtos de Limpeza
Aqui vale a mesma recomendação feita para os fitocosméticos: simplicidade no preparo, respeito e conhecimento com a planta utilizada. Para a produção e uso dos materiais de limpeza, podemos fazer em grandes quantidades e guardar, devido ao fato do uso poder ser contínuo quando for o caso de uma limpeza diária.
Desinfetante
O desinfetante convencional funciona como um produto que combate os fungos e bactérias provenientes da sujeira da casa. Seguindo nessa lógica, vamos fazer um desinfetante à base de álcool comum (de cozinha) aliado à planta medicinal de sua preferência, que possua poder antiséptico e aromática, pois é importante o cheiro que ficará na casa. Para isso, a planta pode ser desde um hortelã e alecrim até a arruda, sálvia ou citronela.
O procedimento é colocar a erva em infusão em 1 litro de álcool e deixar descansar por no mínimo 3 dias ao abrigo da luz. Quanto mais erva for adicionada mais forte ficará o concentrado. Com esse produto inicial, colocamos o equivalente a ¼ de copo (em torno de 50 ml) em um balde com 1 litro de água. Pode ser acrescentado um pouco de bicarbonato de sódio e para aumentar o poder de limpeza podemos espremer 1 limão nessa mistura. Está pronto o desinfetante!
Detergente e Sabão Líquido
O leitor/experimentador pode perceber que não foi passado nenhuma receita de como fazer sabão ou sabonete. Isso porque é necessário a utilização de soda cáustica (hidróxido de sódio) para realizar a reação química para dar consistência e capacidade de desengordurar ao sabão. Devido à esse elemento ser um químico muito forte e a reação desprender gases que são tóxicos, eu particularmente parei de fazer sabão ou sabonete.
Venho realizando pesquisas e trocando diálogos com pessoas que trabalham na confecção de sabonetes, em busca de alguma receita que não utilize a soda, mas ainda não consegui nada. Hoje em dia eu utilizo como detergente uma receita à base de sabão já pronto. Dou preferência na escolha do sabão feito sem LESS (Lauril Éter Sulfato de Sódio) e sem utilizar gordura animal, com base em óleo de côco, babaçú ou outro óleo vegetal. É possível de se encontrar no mercado sabão assim. Com posse de um sabão com essas características (sem lauril e sem gordura animal), derreto
1 barra do sabão ralado em 1 litro de água numa panela, utilizando fogo para isso. Acrescento 1 colher de mel ou açúcar e espero a mistura esfriar. Num liquificador, coloco a mistura juntamente com a parte interna de uma folha de babosa, devidamente lavada e bato tudo, verificando a consistência. Se for preciso, coloco mais babosa ou mais água. Com isso obtemos um detergente excelente, feito à base de um bom sabão, mel e babosa!
Além de um grande poder de limpeza, ele também é um excelente hidratante para as mãos!
Utilizo essa mesma receita, mais diluída em água, para tomar banho, como sabonete líquido. Também pode ser utilizado um chá da erva de sua preferência com o PasBas previamente misturado no lugar da água e temos um ótimo xampu a base de babosa, evitando o ressecamento causado pelo sabão puro.
Lava-roupas
Aqui entra o PasBas em ação novamente. Coloque na máquina de lavar sua mistura de pó anti-séptico básico, um pouco de álcool ( ¼ de copo) para ajudar a clarear as roupas, se tiver em casa pode colocar pedaços de gengibre ou alguma erva fresca de sua preferência e esprema 1 limão junto. Pronto, coloque a máquina para funcionar e veja o resultado!
Só coloque na pele o que puderem colocar na boca!

Relação das plantas utilizadas
AbacatePersea americanaAmaciante e hidradante para cabelo e pele seca, combate eczemas do couro cabeludo
AlecrimRosmarinus officinalisAnti-séptica, anti-queda capilar, anti-caspa e estimulante da circulação periférica
AndirobaCarapa guianensisAnti-séptica, cicatrizante, repelente, hidratante capilar
ArrudaRuta graveolensAnti-séptica, bactericida e fungicida, combate piolhos e carrapatos
AveiaAvena fatuaHidratante e amaciante capilar, facial e dérmico
BabosaAloe vera, Aloe Barbadensis
Anti-séptica, bactericida e fungicida, cicatrizante, hidratante e anti-queda capilar, infecção e queimadura de pele
BardanaArctium lappaAnti-séptica, bactericida, dermatite e úlceras de pele, seborréia e queda capilar, anti-caspa, cicatrizante
BananaMusa paradisiacaCicatrizante (parte interna da casca), hidratante capilar
BeringelaSolanum melongenaAlcalinizante e remineralizante para higiene bucal, combate abcessos e furúnculos
CamomilaMatricaria chamomillaAnti-séptica, cicatrizante, inflamação bucal, clareador de cabelos
CanelaCinnamomum zeylanicumAnti-séptica, retira oleosidade dos cabelos Citronela Cymbopogon nardus Repelente, desinfetante
CopaíbaCopaifera langsdorffiiAntibiótica, antiinflamatória, antimicrobiana, anti-séptica, cicatrizante, desinfetante, anti-caspa, anti-queda capilar
Cravo-da-ÍndiaEugenia aromaticaAnti-séptica, bactericida, repõe oleosidade para cabelos secos
GengibreZingiber officinaleAnti-séptico, cicatrizante, antiinflamatório, estimulante da circulação periférica
JaborandiPilocarpus officinalisRevitalizante e estimulante capilar
JuáZiziphus joazeiroAnti-séptico, combate gengivite, anti-caspa, tônico capilar
MamãoCarica papayaHidratante, protetor solar, cicatrizante, nutrição e regeneração da pele e couro cabeludo
MangaMangifera indicaHidratante e amaciante para pele e cabelo, protetor solar
SaboneteiraSapindus saponariaAnti-séptico, limpeza capilar, repelente SálviaSalvia officinalisAnti-séptica, higiene bucal, anti-caspa, escurecedor dos cabelos
Própolis: é uma substância resinosa, obtida pelas abelhas através da coleta de resinas da flora da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A palavra "própolis" vem do grego: pró=em favor de + polis=cidade, isto é, para o bem da cidade, a colméia, e no caso do ser humano, o corpo. A própolis possui diversas propriedades biológicas e terapêuticas. Conhecido há milhares de anos como poderoso antibiótico natural, é utilizada na prevenção e tratamento de feridas e infecções da via oral, também como anti-micótico e cicatrizante. Estudos mais recentes indicam eficiente ação de alguns de seus compostos ativos com ação imuno-estimulante e anti-tumoral.

Condicionador

1. Introdução:
Os cosméticos pós-xampus permitem tratar as imperfeições estéticas e efetuar um desembaraçamento mais fácil, diminuindo as “escamas” da camada superficial do cabelo.
Após a lavagem com o xampu, os cabelos ficam difíceis de pentear e, depois de secos, ficam armados ou elétricos. Para eliminar este inconveniente, utiliza-se o condicionador que, por ser à base de um emulsionante catiônico, neutraliza as cargas negativas deixadas pela lavagem com o xampu; eliminando a estática do cabelo, promovendo a lubrificação e amaciamento dos fios, melhorando a penteabilidade tanto à seco quanto à úmido, melhorando a maneabilidade dos cabelos. A grande maioria dos condicionadores são do tipo, rinse off, isto é, removidos do cabelo após um breve período de contato, geralmente dois minutos. Outro tipo de condicionador denominas-se leave-on ou leave-in, designado para permanecer mais tempo em contato com os cabelos, proporcionando maior efeito condicionante e tratamento.
Os tensoativos que exercem estas funções pertencem ao grupo dos tensioativos catiônicos, divididos em sais de amônio quartenário, polímeros catiônicos e sais de aminas graxas. Podem ser divididos em três grupos funcionais:
1) Tradicionais: destinados simplesmente à lavagem dos cabelos, compostos de sal de amônio quartenário e espessante graxo que age ao mesmo tempo como agente de lubrificação (rinses/ cremes rinses).
2) Tratamento: são produtos mais elaborados que os rinses; contêm substâncias que proporcionam um tratamento cosmético.
3) Medicinais: são mais específicos porque incorporam diferentes princípios ativos.
4) Restauradores ou Reparadores: são preparações enxaguatórias com a capacidade de restaurar ou reparar os danos sofridos pelos cabelos pelo uso de tratamentos químicos ou uso de secadores.
5) Máscaras capilares: são preparações enxaguatórias com a capacidade de restaurar ou reparar os danos nos cabelos em maior intensidade que os restauradores.
1.1. Algumas características e funções:
a) pH ácido:
Confere brilho aos cabelos pelo fechamento das cutículas
b) Quantidade e tipo de espuma:
Ao contrário dos xampus, a espuma nos condicionadores não é desejável, pois o consumidor interpreta o seu aparecimento como sinal de que o cabelo ainda apresenta resíduos do xampu ou do próprio condicionador. O álcool graxo presente nas formulações tradicionais de rinse, condicionadores, restauradores age como antiespumante. Não é o caso porém dos condicionadores transparentes que apresentam o defeito de formar espuma durante a aplicação.
2. Composição quali e quantitativa do produto:
ComponentesProporção (% p/p)
1) Estearato de glicerila1,5%
2) Silicone catiônico2,5%
3) Proteína de leite hidrolisada0,5%
4) Ácido láctico0,7%
5) Phenoben®0,5%
6) Cera auto-emulsionante não-iônica (Polawax®)
7) Álcool cetoestearílico
3,0%
2,0%
8) Extrato da raiz de Panax ginseng C. A. Mey (Ginseng)
9) Óleo essencial de Eucalyptus globulus Labill. (Eucalipto)
10) Extrato da casca de Citrus medica limonum (Limão)
11) Extrato da casca de Citrus nobilis (Tangerina)
1,0%
Gotas
2,0%
2,0%
12) Óleo essencial de Menta piperita (Hortelã-pimenta)
13) Ceramida 3
14) Manteiga de Karité
15) Perfume
16) Glitter prateado
17) Propilenoglicol
18) Corantes
19) Água destilada
20) Goma guar
Gotas
0,25%
1,0%
q.s.
q.s.
q.s. para dissolver a ceramidas
q.s.
q.s.p. 100%
0,6%

3. Estudo crítico de todos os elementos:
3.1. Estearato de glicerila:
  1. Nome comercial: Cerasynt Q (ISP, VanDick); Cutina KD 16 (Henkel Brasil), Dermalcare GMS/SE (Rhodia), Dhaykol –GME-S (Dhaymer’s), Dragorin GMS O/A A.E. 2/008475 (Dragoco); Emuldan HÁ 32/S3 (Grindsted); Estol GMSse 1462 (Unichema); Finester GMS-AE (Arex), Finester MEG-AE (Arex); Fongragen GME-AE (Hoechst), Lipal GMS-AE (Aquatec); Lipestrol 241-S (Brasfonta), Lipo GMS-470 (Lipo); Mazol GMSD K (PPG); Quimulsin EG-S(Quiminasa).
  2. Nome químico: Estearato de estearamidopropildimetilamina
  3. Solubilidade: solúvel em etanol quente (95%), éter, clorofórmio, acetona quente, óleo mineral e óleos fixos. Praticamente insolúvel em água, mas rapidamente dispersável em água quente com um agente aniônico ou catiônico.
  4. PH:
  5. PF: 55-60ºC
  6. Estabilidade: O valor ácido aumenta se o estearato for armazenado em temperaturas amenas, devido à saponificação do éster com pequenas quantidades de água. Antioxidantes eficazes podem ser adicionados como o hidroxitolueno butilado e o propilgalato. O composto deve ser armazenado em um recipiente fortemente lacrado, resistente à luz e em uma temperatura mais baixa.
  7. Função: Agente antiestático; agente condicionador dos cabelos, emoliente, emulsificante, solubilizante, estabilizante.
  8. Proporção na formulação: 1,5% p/p
3.2. Silicone (silicone catiônico):
  1. Nome comercial: Pecosil SM-40 (Phoenix)
  2. Nome químico: silicone
  3. Solubilidade: praticamente insolúvel em solventes orgânios, água e ácidos, exceto ácido hidrofluórico;solúvel em soluções quentes de hidróxido álcali. Forma dispersão coloidal com a água.
  4. PH: 3,5 – 4,4 (4% w/v dispersão aquosa)
  5. PF:
  6. Estabilidade: no geral apresenta alta estabilidade térmica e química, mas é mais estável quando conservado em geladeira (4 ºC)
  7. Função: Agente condicionador dos cabelos, efeito protetor, antiespumante, viscosificante.
  8. Proporção na formulação: 2,5 %p/p
3.3. Proteína de leite hidrolisada:
  1. Nome comercial: Hydrolactin 2500 (Croda); Hydromilk EN-20 (Brooks); Lactolan (Sérobiologiques); Lactosol (Farma Service); Lec-320 (Dhacam); Milk-Tein NL(Maybrook); Em associação: Unilactamin L-17 (Induchem)
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade: solúvel em água.
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: Agente condicionador da pele; agente condicionador dos cabelos
  8. Proporção na formulação: 0,5% p/p
3.4. Ácido láctico (88 por 100):
  1. Nome comercial: Lexalt L (Inolex); Purac HQ88 (Purac Sinteses); Purac PH90 (Purac Sínteses)
  2. Nome químico: DL-ácido láctico
  3. Solubilidade: solúvel em água, álcool, forfurol, menos solúvel em éter.Praticamente insolúvel em clorofórmio, éter de petróleo e dissulfeto de carbono.
  4. PH: 3,90
  5. PF: 16,8ºC
  6. Estabilidade: É higroscópico e forma produtos de condensação,como ácidos polilácticos em contato com a água. Em altas temperaturas, o ácido láctico forma lactídio que rapidamente é hidrolisado de volta à ácido láctico. É incompatível com agentes oxidantes, iodetos e albumina; reage violentamente com ácido nítrico e ácido fluorídrico
  7. Função: Agente condicionador da pele; agente tampão/ corretor do pH; umectante, acidificante.
  8. Proporção na formulação: 0,7% p/p
3.5. Phenoben:
  1. Nome comercial: Phenova; Phenoben Croda
  2. Nome químico: Metil, Etil, Butil, Propil e Isobutil parabenos em Fenoxietanol
  3. Solubilidade: Fenoxietanol: miscível em acetona, etanol (95%) e glicerina (20 ºC). Metilparabeno: altamente miscível em etanol, metanol, éter e propilenoglicol (25ºC). Propilparabeno: miscível em etanol, acetona, éter, metanol, propilenoglicol. Pouco solúvel em água.
  4. PH:
  5. PF: Fenoxietanol: 14ºC, metilparabeno: 125-128 ºC
  6. Estabilidade: Fenoxietanol: soluções aquosas são estáveis e podem ser esterilizadas em autoclave. Deve ser armazenado em recipientes bem-fechados em um lugar seco e arejado. Propilparabeno: soluções aquosas em pH 3 a 6 podem ser esterilizadas por autoclave, sem decomposição. Em soluções de pH 3-6 são estáveis, para mais de 4 anos em temperatura ambiente.
  7. Função: Agente Conservante com espectro de ação contra Fungos, Leveduras, Bactérias Gram + e Gram -, boa atividade contra Pseudomonas
  8. Proporção na formulação: 0,5% p/p
3.6. Polawax:
  1. Nome comercial: Polawax (Croda), Uniox C (Chemyunion),
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:lipossolúvel
  4. PH: permite obtenção de emulsões em uma ampla faixa de pH
  5. PF: Aproximadamente 65 ºC
  6. Estabilidade:
  7. Função: cera autoemulsionante não-iônica, doador de consistência
  8. Proporção na formulação: 3% p/p
3.7. Álcool cetoestearílico:
a) Nome comercial: álcool Ceto-estearílico (Chemyunion);Álcool ceto-estearílico (Rhodia); Lipocol SC (Lipo); Alkol TA C 16/18 (Oxiteno); Graxion C 1618 S (Polytechno); Lipocol CS-50 (Lipo); Lipocol SC (Lipo); Meghwax ACE 100 (Megh) Em associação: Promulgen D (Amerchol); Uniox A (Chemyunion).
  1. Nome químico: álcool cetoestearílico
  2. Solubilidade: solúvel em etanol (95%), éter; praticamente insolúvel em água.
  3. PH:
  4. PF:
  5. Estabilidade: É estável sob condições normais de armazenamento. Não é suscetível à hidrólise de ésteres graxos e não fica rançoso. Incompatível com agentes oxidantes fortes
  6. Função: agente regulador da viscosidade, estabilizador de emulsão, opacificante, tensoativo.
  1. Proporção na formulação: 2% p/p
3.8. Extrato de raiz de Panax ginseng C. A. Mey. (Ginseng):
  1. Nome comercial: Extrato de Ginseng (Alban Muller), Extrato de Ginseng GR (Farma Service), Extrato de Ginseng HG (Farma Service); Ginseng Extract BG (Maruzen); Ginseng Extract Powder (Maruzen)
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:parcialmente solúvel em água.
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: Aditivo Biológico. Aplicação aos cabelos: é empregado na elaboração de xampus, loções capilares e condicionadores para restaurar e fortalecer cabelos danificados e quebradiços. Usado em máscaras de tratamento para renovar as células do couro cabeludo.
  8. Proporção na formulação: 1% p/p
3.9. Óleo essencial de Eucalyptus globulus Labill. (Eucalipto):
  1. Nome comercial: EG Eucalipto (Centroflora); VEG-307/114 (Dhacam); Em asociações: Glicosilato de Eucalipto (Solabiá), Vegebios de Eucalipto (Solabiá)
  2. Nome químico:-
  3. Solubilidade:Pouco solúvel em água, lipossolúvel.
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade: estável e não reage com água.
  7. Função: Aditivo Biológico. Indicado para cabelos oleosos; utilizado em condicionadores e loções para tratamento do couro cabeludo, evitando a queda de cabelo
  8. Proporção na formulação: Gotas
3.10. Extrato da casca de Citrus medica limonum (Limão):
  1. Nome comercial: Em associação- Fruits Wrinkle Protect Essence (Maruzen)
  2. Nome químico:-
  3. Solubilidade: solúvel em água
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:estável.
  7. Função:Aditivo Biológico.Indicado para cabelos oleosos e claros. O limão proporciona limpeza profunda dos cabelos,removendo a oleosidade e promovendo a eliminação de resíduos deixados por géis, musses, aerossóis e laquês. Pode ser misturado a um xampu neutro e aplicado nos fios uma vez por semana.
  8. Proporção na formulação: 2% p/p
3.11. Extrato da casca de Citrus nobilis (Tangerina):
  1. Nome comercial: EG Tangerina (Centroflora); Extrato de tangerina GR (Farma Service); Em associações: EG Sete Ervas (Centroflora); Extrato de frutas tropicais (Farma Service); Glicosilato de Tangerina (Solabiá); Vegebios de Tangerina (Solabiá)
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade: solúvel em água.
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:estável.
  7. Função: Aditivo Biológico. Possui as mesmas características que o extrato de limão.
  8. Proporção na formulação: 2% p/p
3.12. Óleo essencial de Menta piperita (Hortelã-pimenta):
  1. Nome comercial: Óleo de menta piperita (Amigo y Arditi); Em associação: Menta CL Forté 2/033172 (Dragoco)
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade: Pouco solúvel em água, lipossolúvel.
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: componente de fragrância. Indicado contra a queda de cabelo e contra a caspa.
  8. Proporção na formulação: Gotas
3.13. Ceramida 3:
  1. Nome comercial: Ceramide III (Cosmoferm); Ceramide IIIA (Cosmoferm); Ceramide IIIB (Cosmoferm); Em associações: BioMembrains (Cosmoferm); CeraClear BG (Cosmoferm)
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: Aditivo biológico. Indicado para o fechamento das escamas dos fios de cabelo.
  8. Proporção na formulação: 0,25% p/p
3.14. Manteiga de Karité:
  1. Nome comercial:
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: Agente condicionador da pele; agente regulador da viscosidade
  8. Proporção na formulação: 1% p/p
3.15. Perfume:
  1. Nome comercial:
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função:
  8. Proporção na formulação:q.s.
3.16. Glitter prateado:
  1. Nome comercial:
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função:
  8. Proporção na formulação: q.s.
3.17. Propilenoglicol:
  1. Nome comercial: Propilenoglicol
  2. Nome químico: 1,2-propanodiol, metil glicol
  3. Solubilidade: Miscível em água, acetona, clorofórmio; solúvel em éter; dissolve muitos óleos essenciais, mas é imiscível com óleos fixos.
  4. PH
  5. PF:
  6. Estabilidade: Estável a condições normais, mas a altas temperaturas ele tende a oxidar, gerando compostos como propionaldeído, e ácidos lático, pirúvico e acético.
  7. Função: umectante da formulação, dispersante da ceramida.
  8. Proporção na formulação: q.s. para dissolver a ceramida
3.18. Corantes:
  1. Nome comercial:Amarelo de tartrazina, azul e vermelho.
  2. Nome químico:
  3. Solubilidade:
  4. PH:
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função:
  8. Proporção na formulação: q.s.
3.19. Água destilada:
  1. Nome comercial: Água destilada
  2. Nome químico: Água
  3. Solubilidade:
  4. PH: aproximadamente 7,0
  5. PF:
  6. Estabilidade:
  7. Função: Veículo
  8. Proporção na formulação: q.s.p. 100% (150 mL cada)
3.20. Goma Guar:
  1. Nome comercial: Goma guar
  2. Nome químico:goma guar
  1. Solubilidade: solúvel em água
  2. PH:
  3. PF:
  4. Estabilidade: estável e não reativa em água.
  5. Função: doador de consistência
  6. Proporção na formulação: 0,6 % p/p
4. Indicações cosméticas ou cosmecêuticas:
O condicionador tem a função de amaciar os cabelos e desembaraçá-los. A formulação proposta indica o uso do condicionador sem enxágüe para que o glitter presente permaneça nos cabelos. Ao mesmo tempo, ornamentando, amaciando-os e os deixando com mais brilho e mais fortes.
4.1. Extrato da raiz de Panax ginseng C.A. Mey (Ginseng):
Empregado na elaboração de xampus, loções capilares e condicionadores para restaurar e fortalecer cabelos danificados e quebradiços. Usado em máscaras de tratamento para renovar as células do couro cabeludo.
4.2. Extrato da casca de Citrus medica limonum (Limão):
Indicado para cabelos oleosos. O limão proporciona limpeza profunda dos cabelos, removendo a oleosidade e promovendo a eliminação de resíduos deixados por géis, mousses, aerossóis e laquês. Pode ser misturado a um xampu neutro e aplicado nos fios uma vez por semana.
4.3. Extrato da casca de Citrus nobilis (Tangerina):
Indicado para cabelos oleosos, também proporciona limpeza profunda dos cabelos, retirando a oleosidade excessiva.
4.4. Óleo essencial de Eucalyptus globulus Labill. (Eucalipto):
Indicado para cabelos oleosos. Utilizado em condicionadores e loções para tratamento do couro cabeludo, evitando a queda do cabelo.
4.5. Óleo essencial de Menta piperita (Hortelã-pimenta):
Indicado para o tratamento de queda de cabelo e como eficiente anti-caspa.
4.6. Karité (Butyrospermum parkii [G.Don] Kotschy-Sapataceae):
Manteiga extraída dos frutos (caroços): indicada para todos os tipos de cabelos. Usada em xampus, máscaras capilares e condicionadores para tratamento dos cabelos e couro cabeludo.
4.7 Ceramidas:
Indicada para o fechamento das escamas dos fios de cabelo, proporcionando-lhes maior brilho.
5. Enquadramento do produto de acordo com grau de risco 1 ou 2.
De acordo com a resolução 335 de 1999 e a RDC 211 de 2005, tem-se:
Anexo I:
Definição de cosméticos e classificação de produtos:
1. Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.
Anexo II:
Classificação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes:
1. Definição de Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto, conforme mencionado na lista indicativa "LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1" estabelecida no item "I" deste Anexo.
2. Definição de Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso, conforme mencionado na lista indicativa "LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2" estabelecida no item "II" deste Anexo.
3. Os critérios para esta classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização.
I) LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1
1 Água de colônia, Água Perfumada, Perfume e Extrato Aromático.
2 Amolecedor de cutícula (não cáustico).
3 Aromatizante bucal.
4 Base facial/corporal (sem finalidade fotoprotetora).
5 Batom labial e brilho labial (sem finalidade fotoprotetora).
6 Blush/Rouge (sem finalidade fotoprotetora).
7 Condicionador/Creme rinse/Enxaguatório capilar (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia).
8 Corretivo facial (sem finalidade fotoprotetora).
9 Creme, loção e gel para o rosto (sem ação fotoprotetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação).
10 Creme, loção, gel e óleo esfoliante ("peeling") mecânico, corporal e/ou facial.
11 Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação fotoprotetora, sem indicação de ação protetora individual para o trabalho, como equipamento de proteção individual - EPI - e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância).
12 Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância).
13 Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (exceto para pele acnéica).
14 Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto os com finalidade específica de ação antiestrias, ou anticelulite, sem ação fotoprotetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância).
15 Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância).
16 Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas.
17 Demaquilante.
18 Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação para dentes sensíveis e os clareadores químicos).
19 Depilatório mecânico/epilatório.
20 Desodorante axilar (exceto os com ação antitranspirante).
21 Desodorante colônia.
22 Desodorante corporal (exceto desodorante íntimo).
23 Desodorante pédico (exceto os com ação antitranspirante).
24 Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os com flúor, ação anti-séptica e antiplaca).
25 Esmalte, verniz, brilho para unhas.
26 Fitas para remoção mecânica de impureza da pele.
27 Fortalecedor de unhas.
28 Kajal.
29 Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas.
30 Lenço umedecido (exceto os com ação anti-séptica e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia).
31 Loção tônica facial (exceto para pele acneica).
32 Máscara para cílios.
33 Máscara corporal (com finalidade exclusiva de limpeza e/ou hidratação).
34 Máscara facial (exceto para pele acneica, peeling químico e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia).
35 Modelador/fixador para sombrancelhas.
36 Neutralizante para permanente e alisante.
37 Pó facial (sem finalidade fotoprotetora).
38 Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas gelatinosas e banho de espuma.
39 Produtos para barbear (exceto os com ação anti-séptica).
40 Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os cabelos: fixadores, laquês, reparadores de pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousses, cremes e géis para modelar e assentar os cabelos, restaurador capilar, máscara capilar e umidificador capilar.
41 Produtos para pré-barbear (exceto os com ação anti-séptica).
42 Produtos pós-barbear (exceto os com ação anti-séptica).
43 Protetor labial sem fotoprotetor.
44 Removedor de esmalte.
45 Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os com ação anti-séptica ou esfoliante químico).
46 Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação anti-séptica ou esfoliante químico).
47 Sabonete desodorante (exceto os com ação anti-séptica).
48 Secante de esmalte.
49 Sombra para as pálpebras.
50 Talco/pó (exceto os com ação anti-séptica).
51 Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia).
52 Xampu condicionador (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia).
6. Verificação se todos dizeres de rotulagem foram seguidos:
Segundo a Resolução 79 de 2000, cujos alguns anexos foram revogados na RDC 211 de 2005, a rotulagem obrigatória deve ser elaborada da seguinte maneira:
Anexo IV:
Regulamento técnico sobre rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes:
A) OBJETIVO
Estabelecer as informações indispensáveis que devem figurar nos rótulos dos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, concernentes a sua utilização, assim como toda a indicação necessária referente ao produto.
B) DEFINIÇÕES
1 Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos.
2 Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias.
3 Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados, decalco sob pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens.
4 Folheto de Instruções: texto impresso que acompanha o produto, contendo informações complementares.
5 Nome/Grupo/Tipo: designação do produto para distinguí-lo de outros, ainda que da mesma empresa ou fabricante, da mesma espécie, qualidade ou natureza.
6 Marca: elemento que identifica um ou vários produtos da mesma empresa ou fabricante e que os distingue de produtos de outras empresas ou fabricantes, segundo a legislação de propriedade industrial.
7 Origem: lugar de produção ou industrialização do produto.
8 Lote ou Partida: Quantidade de um produto em um ciclo de fabricação, devidamente identificado, cuja principal característica é a homogeneidade.
9 Prazo de Validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições adequadas de armazenamento e utilização.
10 Titular de registro: pessoa jurídica ou denominação equivalente definida no ordenamento jurídico nacional que possui registro de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.
11 Elaborador/Fabricante: empresa que possui as instalações necessárias para a fabricação/elaboração de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.
12 Importador: pessoa jurídica ou denominação equivalente definida no ordenamento jurídico nacional responsável pela introdução em um país, de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes estrangeiros.
13 Número de Registro do Produto: corresponde ao número de identificação de empresa e o número de Resolução ou Autorização de comercialização do produto.
14 Ingredientes/Composição: descrição qualitativa dos componentes da fórmula através de sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI).
15 Advertências e Restrições de Uso: são as estabelecidas nas listas de substâncias quando exigem a obrigatoriedade de informar a presença das mesmas no rótulo e aquelas estabelecidas no Anexo V desta Resolução "Regulamento Técnico sobre Rotulagem Específica para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes".
C) ROTULAGEM OBRIGATÓRIA GERAL
REF. ÍTEM EMBALAGEM 
Nome do produto e grupo/tipo a que pertence no caso de não estar implícito no nome. Primária e Secundária 
Marca Primária e Secundária 
Número de registro do produto Secundária 
Lote ou Partida Primária 
Prazo de Validade Secundária 
Conteúdo Secundária 
País de origem Secundária 
Fabricante/Importador/Titular Secundária 
Domicílio do Fabricante/Importador/Titular Secundária 
10 Modo de Uso (se for o caso) Primária ou Secundária 
11 Advertências e Restrições de uso (se for o caso) Primária e Secundária 
12 Rotulagem Específica (Conforme Anexo V desta Resolução) Primária e Secundária 
13 Ingredientes/Composição Secundária 

D) OBSERVAÇÕES
1 - Quando não existir embalagem secundária toda a informação requerida deve figurar na Embalagem Primária.
2 - O Modo de Uso poderá figurar em folheto anexo. Neste caso deverá indicar-se na embalagem primária: - "Ver folheto anexo".
3 - Quando a embalagem for pequena e não permitir a inclusão de advertências e restrições de uso, as mesmas poderão figurar em folheto anexo. Deverá estar indicado na embalagem primária: - "Ver folheto anexo".
7. Folha final:
NúmeroComponenteFórmula centesimalFunçãoInscrição em Compêndios Oficiais
1Estearato de glicerila1,5%Agente anti-estático, Agente condicionador dos cabelos, Emoliente, Emulsificante, Solubilizante, Estabilizante.Handbook of pharmaceutical excipients
2Silicone2,5%Agente condicionador dos cabelos, Efeito protetor, Anti-espumante, ViscosificanteHandbook of pharmaceutical excipients
3Proteína de leite hidrolisada0,5%Agente condicionador da pele, Agente condicionador dos cabelosIndex ABC
4Ácido láctico0,7%Agente condicionador da pele, Agente tampão/ corretor de pH, Umectante, AcidificanteHandbook of pharmaceutical excipients
5Phenoben®0,5%Agente conservante com espectro de ação contra fungos, leveduras, bactérias Gram + e Gram -; boa atividade contra PseudomonasHandbook of pharmaceutical excipients
6Cera auto-emulsionante não-iônica (Polawax®)3,0%Doador de consistência, EmulsificanteIndex ABC
7Álcool cetoestearílico2,0%Agente regulador de viscosidade, Estabilizador de emulsão, Opacificante, TensoativoHandbook of pharmaceutical excipients
8Extrato de Ginseng1,0%Aditivo biológico: rastaura e fortalece cabelos danificados e quebradiços; renova células do couro cabeludoGuia A-Z de Plantas – Beleza
9Óleo essencial de EucaliptoGotasAditivo biológico: indicado para cabelos oleosos; trata o couro cabeludo, evitando a queda de cabelosGuia A-Z de Plantas – Beleza
10Extrato de Limão2,0%Aditivo biológico: indicado para cabelos oleosos; proporciona limpeza profunda dos cabelosGuia A-Z de Plantas – Beleza
11Extrato de Tangerina2,0%Aditivo biológico: indicado para cabelos oleosos; proporciona limpeza dos cabelosGuia A-Z de Plantas – Beleza
12Óleo de Hortelã-pimentaGotasAditivo biológico: indicado contra queda de cabelo e caspaGuia A-Z de Plantas – Beleza
13Ceramida 30,25%Aditivo biológico: indicado para o fechamento das escamas dos fios de cabeloIndex ABC
14Manteiga de Karité1,0%Agente condicionador da pele, Agente regulador de viscosidade, Trata os cabelos e couro cabeludoIndex ABC
15Perfumeq.s.Essência
16Glitterq.s.Aditivo
17Propilenoglicolq.s.Umectante, Dispersante da ceramidaHandbook of pharmaceutical excipients
18Coranteq.s.Aditivo
19Água destiladaq.s.p. 100%Veículo
20Goma guar0,6%Doador de consistênciaHandbook of pharmaceutical excipients

Elaboração de Sabonete Esfoliantes

INTRODUÇÃO
Um dos maiores órgãos do corpo humano, a pele apresenta uma área total que varia de 2.500cm2 (no nascimento) a 18.0 - 25.0 cm2 em um homem adulto. Sua espessura pode variar de 1,5mm a 4mmm, com peso médio (seca) de aproximadamente 2 kg a 4 Kg, e é composta por diferentes células e estruturas que trabalham de forma harmônica, garantindo assim suas funções (HARRIS et al,
A pele é dividida em dois tecidos principais: a epiderme (tecido epitelial mais externo) e da hipoderme, camada inferior contendo gordura (HARRIS et al, 2003).
A epiderme tem função protetora contra o ambiente externo. Os principais componentes são os queratinócitos, células especializadas que, além de produzir queratina, sofrem um processo de estratificação gerando os corneócitos (HARRIS et al, 2003).
A pele sofre descamação natural, que é resultado do processo de queratinização das células da epiderme. Para a renovação do extrato córneo (camada mais externa da pele) pode-se realizar a esfoliação (HARRIS et al, 2003).
A esfoliação é uma espécie de minipeeling, e consiste em uma ação mecânica dos grânulos dos esfoliantes, removendo as células mortas que ficam na última camada da pele. As células mortas acumulam óleo sobre a pele, criando uma fina película sobre os poros, e atraem bactérias podendo levar a alguns problemas dermatológicos como foliculites, cravos e espinhas (MACEDO, 2007).
Para o tipo de pele normal, mista e seca pode fazer esfoliação uma vez por semana. Para as oleosas, e com acne, recomenda-se fazer duas vezes por semana. A esfoliação é feita com movimentos firmes, circulares que abrangem toda área a ser esfoliada, e pode ser feita em todo o corpo (MACEDO, 2007).
A esfoliação tem várias funções como deixar a aparência da pele mais lisa, remoção de marcas e manchas, acnes, aspereza, além de estimular a renovação celular, com mais colágeno e hidratadas. A pele, após esse processo, tem um aproveitamento de quase 100% dos hidratantes (MACEDO, 2007).
A comprovação da eficácia das substâncias ativas usadas nos produtos cosméticos, bem como os efeitos ocasionados pelas formulações na pele humana têm sido objetos de estudo da comunidade científica, pois resultam no desenvolvimento técnico e científico da área cosmética, a qual vem evoluindo cada vez mais e ganhando espaço nesta época de valorização da qualidade de vida (LEONARDI et al, 2002).
A pesquisa em cosmetologia tem-se ampliado cada vez mais, devido à contribuição e parceria de várias áreas das ciências básicas e aplicadas, entre elas a farmacologia, dermatologia, histologia, anatomia, fisiologia, microbiologia, química e física (LEONARDI et al, 2002).
Durante as últimas décadas, ocorreu uma explosão de informações e avanços científicos relacionados à pesquisa cutânea, que tem beneficiado tanto os médicos dermatologistas como os profissionais que trabalham com o desenvolvimento de produtos cosméticos (LEONARDI et al, 2002).
6 2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Desenvolver e elaborar uma formulação cosmética.
2.2 Objetivos específicos
Elaborar um projeto para desenvolver um sabonete líquido gel abrasivo corporal com função esfoliante.
7 3 DESENVOLVIMENTO
Na busca do estímulo adequado para fazer com que consumidores adquiram seus produtos, a indústria de higiene pessoal, cosmética e perfumaria vem investindo em estratégias de marketing fazendo uso de palavras, imagens e conceitos para criar na mente do consumidor uma necessidade psicológica em experimentar o produto. Entretanto, existe a necessidade de fundamentar cientificamente os apelos inferidos aos produtos, tanto para justificá-los perante um consumidor, cada vez mais exigente, quanto para garantir o sucesso e a prosperidade da marca que deve cumprir a promessa do seu marketing.
Visando a necessidade de uma formulação que limpe, esfoliando suavemente a pele, deixando-a macia e perfumada, e um cuidado intensivo corporal, demonstramos abaixo duas formulações como referências.
Formulação 1: Sabonete Esfoliante Líquido para o Corpo Maracujá 200 mL
Composição Água, Lauril Sulfato de Sódio, Decil Glicosídio, Cupuaçu Amidopropil Betaína, Sílica, Crospolímero de Acrilatos/Acrilato de Alquila C10-30, Trietanolamina, Polietileno, Óleo de Maracujá Hidrofilizado (Passiflora edulis/incarnata),
Fragrância, Pó de Sementes de Maracujá (Passiflora edulis), EDTA Dissódico, BHT, Metilcloroisotiazolinona, Metilisotiazolinona, Álcool, CI 19140, Metilparabeno. Princípio Ativo: Betaína de Cupuaçú: ativo de limpeza da biodiversidade brasileira. Com semente de Maracujá (promove esfoliação delicada).
Formulação 2: Sabonete Líquido Esfoliante Beauty Med Shower 200 mL
Composição Água, Lauril Sulfato de Sódio, DEA cocoamido, Polietileno, Acrilatos, Crospolímero de Acrilatos/Acrilato de Alquila C10-30, Trietanolamina, Lauril Sarcocinato de
Sódio, Fragrância, Cloridrato de Hidroxipropiltrimônio, Extrato de Hamamélis (Hamamelis virginiana), Metilcloroisotiazolinona, Metilisotiazolinona.
9 3.1 Início dos testes da formulação
Tabela 1: Função, concentração e peso dos respectivos componentes da formulação.
COMPONENTES FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO PESO (g)
Lauril éter sulfato de sódio
Tensoativo primário aniônico 3% 3
Dietanolamida de ácido graxo de coco
Tensoativo secundário 2% 2
Glicerina Umectante 5% 5 Lanolina etoxilada Umectante 2% 2 Microesferas de polietileno Esfoliante 3% 3
EDTA Quelante 0,1% 0,1 Germall Conservante 1% sol. estoque 50% 1 Corante Apelo estético q.s. 60 gts Fragrância Apelo estético q.s. 4 gts Hidroxietilcelulose Gelificante 2% 2 Água purificada Veículo q.s.p. 100mL 81,9
10 Tabela 2: Características físico-químicas dos componentes da formulação.
COMPONENTES ASPECTO VISCOSIDADE pH PF DENSIDADE SOLUBILIDADE
Lauril éter sulfato de sódio
Creme branco a amarelo cristalino
Facilmente solúvel em água
Dietanolamida de ácido graxo de coco
Líquido transparente a temp. ambiente com odor amoniacal
Água: 1 em 1
Glicerina: miscível
Glicerina Transparente, viscoso, líquido migroscópio
Lanolina etoxilada Líquido untuoso parcialmente amarelado com odor característico
Praticamente insolúvel em água
Microesferas de polietileno EDTA Pó branco cristalino 4,0 a 6,0 Solúvel em água
Corante
Fragrância

Germall Pó branco cristalino Hidroxietilcelulose Creme branco colorido Água purificada
1 3.2 Modo de preparo
1) Adicionar EDTA, água e hidroxicelulose em um béquer e agitar em agitador mecânico. 2) Acrescentar, aos poucos, dietanolamida de ácido graxo de coco, lauril éter sulfato de sódio e germall. 3) Continuar a agitação mecânica até total hidratação do polímero. 4) Acrescentar fragrância, corante e microesferas de polietileno. 5) Homogeneizar. 6) Corrigir pH (4,5 – 5,5).
Materiais e vidrarias
1- Banho-maria 1- Balança 1- Termômetro 1- Cronômetro 1- Copo Ford 1- pH metro 3- Béquer de plástico 100 mL 2- Cálice de vidro 125 mL 2- Bastão de vidro 2- Espátula de plástico 3- Vidro de relógio 2- Proveta 100 mL Papel para pesagem
12 3.4 Estudos de estabilidade
Tabela 3: Estudo de estabilidade preliminar (temperatura ambiente: 25°C). CARACTERÍSTICAS FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO AVALIADAS (25ºC) 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias pH (4,5 – 5,5) 5,05 5,42 5,24 5,26 Viscosidade (espesso) De acordo De acordo Diminuiu Diminuiu
Cor (verde) De acordo De acordo De acordo De acordo
Odor (característico da essência)
De acordo De acordo Diminuiu Diminuiu
Depósito de microesferas de polietileno (ausência)
De acordo De acordo De acordo De acordo
Tabela 4: Estudo de estabilidade preliminar (estufa: 35 a 40°C). CARACTERÍSTICAS FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO
AVALIADAS (35 40ºC) 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias
Diminui um pouco
De acordo De acordo De acordo
Cor (verde) De acordo De acordo De acordo De acordo
Odor (característico da essência)
De acordo De acordo Diminuiu Diminuiu
Depósito de microesferas de polietileno (ausência)
De acordo De acordo De acordo De acordo
Tabela 5: Estudo de estabilidade preliminar (geladeira: 5°C). CARACTERÍSTICAS FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO
AVALIADAS (35 40ºC) 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias pH (4,5 – 5,5) 4,80 5,16 5,45 5,12 Viscosidade (espesso) Aumentou De acordo Aumentou Aumentou
Cor (verde) De acordo De acordo De acordo De acordo
Odor (característico da essência)
De acordo De acordo DIminuiu Diminuiu
Depósito de microesferas de polietileno (ausência)
De acordo De acordo De acordo De acordo
14 4 CONCLUSÃO
Através da elaboração desse projeto, pode-se conhecer a necessidade da pele de um produto para estimular a renovação celular, e assim elaborar um cosmético para essa finalidade. A fórmula proposta está dentro dos padrões exigidos pela legislação, e atende a expectativa de uso. Através dos testes realizados, pode-se comprovar a estabilidade do produto e assim determinar a embalagem para a comercialização do mesmo.