domingo, 24 de março de 2013

A História da Estética

Introdução
Desde dos primeiros habitantes da terra, a busca pela beleza é uma conquista a cada dia.
Entretanto mais que um modismo a beleza é um impacto visual, em busca da perfeição,
Hoje em dia ela vem visando o equilíbrio do corpo e do bem estar, pois antigamente só se vivia pela beleza superficial, se higiene pessoal adequada e todos aqueles pós e perfumes, e sem todos os cuidados necessário interno para se manter Bem.
Mais coma evolução da Estética o mundo abriu as portas para à tecnologia, novas idéias e novos horizontes foram traçados em busca da verdadeira perfeição, perfeição essa que hoje esta a alcance de todos em qualquer lugar, sendo assim hoje vivemos para beleza interior e a exterior, para assim se mantermos bem com nosso corpo e nossa mente.
Como resultado disso tudo a profissão do tecnólogo em estética, é mais que uma conquista é uma missão a ser cumprida por nos, que estamos assumindo este compromisso com nossos clientes e com as nossas vidas pra sempre.
Estética na Pré-História
Foi no período do Paleolítico que surgiu o Homo Sapiens, isto é, “o homem que sabe”, assim designado devido ao avanço intelectual que demonstrava.
Foi neste período que o homem atingiu um grande desenvolvimento da linguagem e da sua capacidade de expressão abstracta conduzindo-nos aos primórdios da História da Arte, emergindo então os primeiros vestígios de atividade artística.
A evolução artística no Paleolítico dividiu-se em vários períodos: o Aurinhacense e nele surgiu a técnica das mãos pintadas em negativo (arte parietal), onde se utilizou um pó colorido a partir de rochas trituradas, misturado com um elemento fixador, provavelmente a gordura animal, que é soprado por um canudo sobre a mão pousada na parede da caverna; surgiram gravações e incisões nas paredes (arte parietal); silhuetas, animais vistos de perfil e utilizavam a pintura mono-cromática.
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada foi o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual a sua vista captava. Surgiram os primeiros trabalhos em escultura que foram as estatuetas femininas como por exemplo a Vénus de Laussel e a Vénus de Willendorf. Estas vénus apresentavam uma deformação adiposa conhecida por “esteatopigia”, ou seja, as partes do corpo relacionadas com a fecundidade estão exageradamente desenvolvidas. Estas vénus paleolíticas acentuavam os sinais de gravidez, em que o artesão pretendia assegurar não só a fertilidade da sua companheira como também demonstrava uma preocupação com a continuidade da espécie. Estas pequenas esculturas não exaltavam apenas a mulher mas constituíam uma homenagem à maternidade.
As pequenas peças de escultura, como por exemplo a Vénus de Lespugue, houve uma evolução de uma tendência naturalista Tanto na pintura como na escultura notou-se a ausência de figuras masculinas.
Contudo, é curioso observar que, durante este período, enquantoa sociedade humana vivia nas cavernas, em que a sua prioridade era, sem dúvida nenhuma, a sobrevivência, o poder do enfeite no rosto, ao mesmo tempo que se pintavam cenas diárias nas paredes, tinha uma enorme carga emocional, uma vez que através dessa pintura se dava a transformação do ser. O homem desta época demonstrou dedicar-se à contemplação da beleza e da estética e, como prova evidente temos as pinturas rupestres e as esculturas, assim como iniciou o uso de pinturas e de enfeites corporais, podendo-se afirmar tratar-se da primeira manifestação do gosto pela maquiagem, pela estética e pelabeleza.

Abandonando o Naturalismo, o homem adota uma intenção artística estilizada. As técnicas de desenho e pintura mudaram, passou a haver uma maior preocupação com a distribuição dos elementos no painel, a sensação de movimento, e a perspectiva. Além de desenhos e pinturas, o artista evidenciou uma preocupação estética na criação de objectos produzidos em cerâmica que revelaram a sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objecto.
A arte popularizou-se, o que significa que os cuidados de beleza da época também se difundiram.
Estética na Idade Média
O pensamento Grego que consistia no equilíbrio, na unidade entre o sujeito e o objeto, não só autorizava como solicitava uma estética, segundo o do pensamento Cristão. O ideal Cristão era preciso «matar» tudo o que era sensível e sensual no Homem.
Os líderes religiosos manifestavam a sua indignação contra o uso de adornos ou maquiagem, que era encarada como uma força maléfica e sinal de impureza.
As mulheres foram completamente apagadas enquanto seres sensuais.
A higiene geral era praticamente nula nesta época, factor contributivo para o desenvolvimento das pestes (exemplo: Peste Bubónica).
Os primeiros cristãos não perduraram, e no século XIII houve um compromisso com o mundo, então as Damas se indiguinaram contra a Igreja e começaram a ter interesse pela sua imagem. Os enfeites começaram também a ter sucesso.

A Igreja acabou por perder a guerra contra a sua adversária “Cosmética”.
Um dos atos mais básicos da nossa higiene é o banho diário, mas nem sempre foi assim...
Os banhos além de raros, eram por regra tomados com uma camisa geralmente branca e fina a cobrir o corpo. Estes na maior parte das vezes eram tomados nas estufas ou banhos públicos, locais que eram procurados para obtenção de prazer, e não por uma questão de higiene, dado que na altura acreditava-se que a água fragilizava a pele permitindo a entrada de pestes, mas por outro lado já nessa altura existiam banhos terapêuticos, cujas virtudes eram detalhadas num letreiro colocado em cada banho; aí também afluíam doentes, deficientes e estropiados.
No final da idade Média, homens e mulheres lavam-se com mais frequência que os seus descendentes.
No século XIV dava-se grande ênfase à lavagem das mãos antes e depois das refeições, à lavagem diária da cara e boca. Os dinamarqueses, por exemplo eram criticados por tomarem banho todos os Sábados, mudarem de roupa com frequência e pentearem os cabelos todos os dias.

A lavagem da roupa era feita de tempos a tempos em barrela, eram perfumadas com uma grande quantidade de flores de violeta e humedecidas com água fresca na qual se tinha macerado raiz de íris finamente triturada.
Século XVII
O hábito do banho, quer em estabelecimentos públicos quer na privacidade do lar, praticamente desapareceu durante o século XVII. No caso dos banhos públicos, foi não só o receio de contágio (peste e sífilis) como uma atitude mais rígida em relação à prática da prostituição, que levaram ao encerramento da maior parte destes estabelecimentos. Por outro lado, no caso das abluções privadas, uma desconfiança crescente em relação à água e o desenvolvimento de novas técnicas de higiene pessoal, “secas” e elitistas, levaram ao quase desaparecimento de tina de banho.
No século XVII, os efeitos debilitantes da água quente eram universalmente reconhecidos. Acreditava-se que os poros dilatados permitiam a saída dos humores do corpo, causando a perda de forças vitais, a fraqueza e outras doenças ainda mais graves, como a hidropisia, a imbecilidade e o aborto. Entre as precauções a ter depois do banho costumava geralmente um descanso na cama, que em alguns casos poderia durar vários dias.
Desaparecida a água, entram em cena o limpar, o friccionar, o empoar e o perfumar. Livros de civilidade, não se limitam a descrever o comportamento requintado que devem ter as classes superiores quando se assoam e sentam à mesa. Insistem, igualmente, na limpeza do corpo e dos seus orifícios, realçando os novos imperativos sociais.
Passou a ser dada maior atenção às partes do corpo que se apresentavam descobertas: a cara e as mãos. Muito embora a água continuasse a ser utilizada, para as abluções matinais destas duas partes do corpo, no século XVII era considerada própria somente para enxaguar a boca e as mãos, mas apenas desde que lhe tivesse sido adicionado vinagre ou vinho para atenuar os seus eventuais efeitos nocivos. Os livros de civilidade desaconselhavam especialmente o uso de água na cara porque se acreditava que prejudicava a visão, causava dores de dentes e catarro e fazia com que a pele ficasse demasiado pálida no Inverno e excessivamente escura no verão. A cabeça deveria ser esfregada vigorosamente com uma toalha perfumada ou uma esponja, o cabelo penteado, os ouvidos limpos e a boca lavada. Inicialmente, o pó de arroz surge com uma espécie «champô seco» que era deixado no cabelo durante a noite, para na manhã ser eliminado com um pente juntamente com a gordura e outras impurezas. No entanto, nos finais do século XVI o uso do pó de arroz tornou-se mais do que uma condição necessária de limpeza. Os pós perfumados e coloridos tornam-se então parte integrante do arranjo diário dos ricos, tanto dos homens como das mulheres. Este acessório, não só proclamava o privilégio da limpeza dos seus utilizadores como também definia o seu estatuto social, pois a moda era igualmente um privilégio dos ricos. No século XVII o pó conquistou de tal maneira as classes superiores da Europa que nenhum aristocrata respeitável se designava aparecer em público sem ele.
As advertências sobre os efeitos dos cosméticos a longo prazo não constituíram o único argumento utilizado contra a maquiagem. As mulheres que se pintavam eram também acusadas de “modificarem o rosto de Deus’, Por detrás de muitas críticas à pintura estava também o receio masculino da decepção. Não seria a beleza jovem que eles tanto desejavam talvez uma velha feiticeira ou um corpo mimado pela doença, habilidosamente camuflados! Para além disso os que faziam cosméticos eram muitas vezes suspeitos de se dedicarem às artes mágicas, uma vez que muitas receitas continham encantamentos que deveriam ser recitados durante a preparação e ingredientes como minhocas, urtigas e sangue.
Com o século XVII mais adiantado, os cosméticos tornaram-se ainda mais extravagantes. Em 1665, o doutor inglês Thomas Geamson publicou o primeiro guia do enfeite cosmético: embelezamentos artificiais ou as melhores instruções artísticas para preservar ou conseguir a beleza. Quando aumentou o preço dos cosméticos, as próprias mulheres passaram a fabricá-los, utilizando por vezes substâncias tóxicas que estragavam permanentemente belas caras.
Havia charlatães que vendiam loções miraculosas. O barão de Rochester, químico amador, armava-se em médico e prometia que, com uma poção sua, cujo segredo vinha de Itália, as mulheres de quarenta pareciam ter apenas quinze. Garantia que os seus remédios não estragavam a cútis e que libertavam a pele de «pontos, sardas e marcas de varíola».
dólares para poder ficar com a barba. A taxa de uso de barbas para os camponeses era de cerca de três cêntimos.
Século XVIII
Foi no séc. XVIII que a França conseguiu marcar a moda a nível mundial. Propagou-se a moda das perucas com cachos, o pó de arroz e brilhos e a produção de perfumes.
A corte francesa vivia luxuosamente, mas o uso dos cosméticos de tratamento não era correcto, ou seja, as mulheres não os usavam para tratar ou embelezar, elas usavam apenas para adornar o corpo e para o enfeitar, com a função de atrair os homens.
Nesta época a higiene corporal não era um hábito da população, nem das mulheres nem dos homens, e por esta razão usavam perfumes em grandes quantidades. O perfume tinha como principais funções a eliminação de odores desagradáveis, servia de desinfectante e de purificador. Embora não tomassem banho, as mulheres não deixavam de se cuidar, utilizavam toalhinhas de linho embebidas em perfume, massajavam a cara e especialmente as axilas, onde o aroma agradável do perfume eliminaria o mau cheiro. A beleza seguia um determinado modelo, e as mulheres entregavam-se a grandes cuidados com a aparência de modo a que se enquadrasse com os padrões pretendidos pelos homens.
Na Itália, França, Espanha, Alemanha e Inglaterra o conceito de modelo pretendido era: pele clara, cabelo loiro, lábios vermelhos, face rosada, sobrancelhas pretas, pescoço e mãos compridos e esguios, os pés pequenos e a cintura flexível. Os seios deviam ser firmes, redondos e brancos, com os mamilos róseos. A cor dos olhos podia variar, os Franceses preferiam olhos verdes e os Italianos preferiam olhos castanhos ou pretos..
O pó de arroz e os perfumes tornaram-se num sinal de estatuto social, e a distância entre cheiros bons e cheiros maus tornou-se tão grande, que em 1709, Lemery propôs três categorias de aromas: parfum royal, parfum pour les bourgeois e parfum des pauvres, feito de óleo e fuligem e cujo único objectivo era desinfectar o ar. Daí resultava um outro privilégio de classe, já que o perfume protegia o corpo, ele garantia também boa saúde. Ele eliminava os maus cheiros, os vapores infecciosos.
O regresso dos banhos foi encarado como passatempo de luxo e como exercício terapêutico. Foi na década de 1740 que os aristocratas começaram a tomar banho, foi também nesta altura que começaram a construir casas de banho luxuosas nos seus palácios e residências urbanas. Os banhos frios começaram a aparecer depois de 1750, após terem sido feitos vários estudos clínicos sobre os benefícios do banho e o seu contributo para a manutenção da saúde, nesta época acreditava-se que um banho tomado nas devidas condições ajudava nas mudanças de humor, que fortalecia os músculos e que estimulava o funcionamento dos órgãos. Por estas razões os banhos frios eram considerados de grande utilidade, não pelo fato de purificarem o corpo mas porque o fortaleciam.
Em 1770, o parlamento britânico recebeu uma proposta de uma lei que permitia a anulação do casamento caso a noiva estivesse maquiada, usasse dentadura ou peruca.
Todas as mulheres que a partir deste ato tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimónio qualquer súbito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento seja anulado, caso sejam condenadas…”.
Nos anos seguintes mesmo com todas estas penalizações, a maquiagem pesada ganhou força tanto na Inglaterra como na França e foi assim até ao final da Revolução Francesa, quando apenas as pessoas mais velhas e os artistas se podiam embelezar.
Em 1792, Nicolas Leblanc, um químico francês obteve soda cáustica através do sal de cozinha e pouco tempo depois, foi criado o processo de saponificação das gorduras, o qual deu um grande avanço na fabricação de sabão.

A Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, em 1799 comprou o palácio Malmaison, onde realizava tratamentos de beleza.
Josefina já na altura cuidava do seu corpo, preocupando-se em seguir regimes para emagrecer e banhando-se em leite de vaca para hidratar e cuidar da pele.

Palácio Malmaison
Século XIX
No século XIX, com o Romantismo, movimento artístico e filosófico, as mulheres abandonam as exageradas maquiagens do século passado, para adotar um estilo com uma maior simplicidade.
Neste período a aparência física da mulher foi muitíssimo marcante.
Já com algumas influências vindas de épocas anteriores, a mulher do Romantismo era bastante refinada e feminista.
É dada grande importância à sua forma física e elegância, tentando-se disfarçar a gordura e excesso de peso, que afectava um grande número de mulheres devido à péssima alimentação , tendo todas as mulheres que usar um corpete extremamente justo ao corpo. Esta era uma das causas, para os frequentes desmaios por entre este leque de senhoras.
Nesta época, é dada também bastante importância ao tom da pele, pois as mulheres do, foram as únicas que renunciaram ao vermelho das faces: a cor sã que demonstra uma perfeita saúde, não estava de acordo com o momento espiritual em que viviam, tornou as faces pálidas e os lábios sem cor, escurecendo os olhos com sombras, devido aos seus amores tristes e infelizes. Desta forma, as mulheres cobriam o seu rosto com pós brancos, bebiam vinagre e sumo de limão, de forma a ficarem com aparencia de pálida.
É também, no início do século XIX, que se tenta pela primeira vez eliminar as rugas usando um método chamado “esmaltado do rosto”. Este, consistia em lavar primeiro o rosto com um líquido alcalino, depois passar uma pasta para preencher as rugas e em cima colocar uma camada de esmalte, feita com arsénio e chumbo, que durava aproximadamente um ano. Se a máscara fosse muito grossa, podia rachar com o mais pequeno movimento e também era insano e incómodo de usar.
Os pós-brancos invadem os decotes e as costas, pois a mulher deve possuir uma pele de porcelana. Para tal, é utilizada uma pasta chamada “la blanquette”, feita com pó de arroz e talco e umas gotas de tintura de benjoim, pasta que provoca uma obstrução completa dos poros.
Os banhos no mar começam também a divulgar-se, recomendados pelos médicos, no entanto, as mulheres entravam na água completamente cobertas, com botas altas, calças compridas, casacos de manga comprida, toucas na cabeça com abas para as orelhas, etc, isto para continuarem brancas.
Surgem também nesta época os cremes com garantia industrial. O primeiro foi o “Creme Simon”, para proteger a pele, que era uma espécie de creme nutritivo que todas as mulheres aplicavam. Em seguida surgiram os “leites de beleza”, mantiveram-se as loções e os óleos orientais entraram também em moda.
O “khol” era utilizado para escurecer os olhos acentuando, desta forma, a profundidade do olhar.
Em meados do século XIX, teve início a maquiagem moderna. Nesta época aparece pela primeira vez o que viria a ser futuramente o baton (precisamente em 1880), que era uma pomada composta por manteiga fresca, cera de abelha, raízes de um corante natural e cachos de uvas negras sem polpa, que davam cor, sem provocar efeitos secundários.
Em 1880, a maquiagem reconquistou as mulheres e nascia a moderna indústria de cosméticos. Pois com o desenvolvimento da química orgânica, começa-se a desvendar a composição química dos óleos e dos extractos naturais. Como resultado destas pesquisas, a indústria de perfumes passou de 500 a mais de 1000 fragrâncias sintetizadas. No final do século XIX, estava consolidada no mercado internacional a cosmética como um dos maiores e mais lucrativos negócios. Nascia, assim, a poderosa indústria de cosméticos que conhecemos até hoje, também muito influenciada pelos novos hábitos higiénicos, pela publicidade, pelo desenvolvimento dos meios de transporte, entre outros.
É também nesta altura, que se tornam famosos os banhos de morangos da elegante Madame Tallien, pois tinha a extravagância de banhar-se em sumo de morangos frescos, extraído das 20 caixas que traziam para ela.
Estudos médicos provaram que a maior causa da morte nos doentes, estava relacionada com infecções provocadas por falta de higiene dos médicos, que não lavavam as mãos antes de verem e tratarem os doentes. Passaram, então, a ser obrigados a desinfectar sempre as mãos.
Médicos famosos, como o Dr. Caron, tiveram uma grande importância na história da higienização, recomendando o banho como um meio indispensável para a higiene e cuidado do corpo. É adoptando estes hábitos higiénicos, que surge o interesse pelos cuidados do corpo, vindo a aumentar ao longo do século. E são estes conceitos de higiene, tão fundamentais no dia-a-dia de uma esteticista que recorre sempre a: utensílios descartáveis, desinfectantes e equipamentos de esterilização.
O primeiro Instituto de Beleza do mundo, surge em Paris, no ano de 1880 fundado por Madame Lucas, oferecendo para além dos serviços cosméticos, uma grande diversidade de técnicas: massagens, cirurgia estética e dietética.
Desta forma, podemos constatar que os cuidados pessoais e a preocupação com a aparência, foram modificando ao longo dos tempos, atendendo ao evoluir das civilizações, ao ideal de belo e consequentes modas.

Século XX

O Século XX pode ser considerado como um período de virada em toda a história, grandes avanços, mudanças, conquistas marcaram e foram alcançados nesta época.
Começa assim a luta das mulheres pela sua afirmação numa sociedade que as oprimia, foi assim denominada.
Enquanto os homens eram absorvidos pela Primeira Guerra Mundial, lutando nas frentes de batalha, as mulheres conquistavam o seu lugar no mercado do trabalho, mas nunca descuidando da sua feminilidade.
Intimamente ligada à Primeira Guerra Mundial está a “morte” do espartilho, pois as mulheres assumiam trabalhos nos campos, nas cidades e nas fábricas que exigiam espartilhos menores, simples e mais confortáveis. Durante os anos de guerra os espartilhos foram sendo gradualmente substituídos por cintas e seguidamente pelo soutien. No entanto é só com a Segunda Guerra Mundial que os espartilhos desaparecem por completo do quotidiano feminino.

Nesta época destacam-se mulheres como Helena Rubinstein, com o lançamento do primeiro creme produzido industrialmente, o Valese, e a abertura do primeiro salão de beleza do mundo, e Estée Lauder cuja campanha publicitária de “Glamour Luxuriante” levaria à conquista do título de “Rainha Americana dos Cosméticos”.
A célebre frase “A beleza é uma questão de atitude. Não há mulheres feias, apenas mulheres que não se cuidam ou que não acreditam que são atraentes”, proferida inúmeras vezes ao longo dos últimos 55 anos serviu de grande incentivo a muitas mulheres, sendo assim Estée Lauder considerada uma das maiores empresárias do sector da cosmética.
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Já depois de ter acabado a Segunda Guerra Mundial, explodiu uma bomba atómica no atol de Bikini, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atómicos. Esta bomba serviu de inspiração ao engenheiro mecânico francês Louis Reard que inventou o biquini, batizando com o nome do Atol de Biquini, no Oceano Pacífico, e tinha como objectivo rebentar com as ideias conservadoras da sociedade, daí o nome “Biquini”, na tentativa de ter o mesmo efeito que a bomba teve no Atol. O lançamento do primeiro Biquini deu-se em Junho de 1946 causando um verdadeiro escândalo, e nenhuma modelo quis participar na sua campanha publicitária á excepção da corajosa stripper Micheline Bernardine, que abraçou este desafio. Já na década dos anos 50, grandes atrizes contribuíram para a divulgação do biquini, nomeadamente a francesa Brigitte Bardot, em 1956 que imortalizou o traje no filme “E Deus criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez Vichy.
A obsessão pelo embelezamento do corpo é uma realidade”.
No cinema era exibida toda a sofisticação das atrizes com uma imagem idealizada. Estas “estrelas” incentivavam o público feminino na procura do seu brilho e na melhoria da sua aparência, imortalizando estilos de maquiagem.
Atrizes como com os seus olhos violeta contornados por khol, a morena Marilyn Monroe, que marcou a época com o seu batom vermelho, olhos com delineador e a pinta de rosto retocada, atraindo e intensificando a sua feminilidade, e a sempre recordada Audrey Hepburn pelos seus lindos olhos realçados com pestanas postiças e leve sombra.
Nos anos 20, foi lançado o batom, sendo os lábios pintados de forma a assemelhante a uma seta do Cupido, com cores fortes para chocar. O visual de eleição era ter o cabelo muito curto, liso à rapaz, carvão à volta dos olhos, sobrancelhas arranjadas e delineadas a lápis e uma pele branca. Também se usavam sinais postiços feitos com lápis.
Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom. É a primeira vez que um produto desta categoria é embalado num tubo e vendido em cartucho.
A pintura carregada dos olhos, nos anos 30, usada pelas atrizes e estrelas de cinema, teve enorme influência na pintura do dia-a-dia nas primeiras décadas do século. O Ballet Russo Diaghilev, teve também grande efeito na cosmética. A pintura exótica dos olhos das bailarinas fez criar a moda das sombras de cores e douradas, assim como uso de bases.

Nos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, o fornecimento de pinturas era escasso, pois o petróleo e o álcool usados na sua
produção faziam falta para as necessidades de guerra. Porém, os cosméticos desempenhavam um papel importante para levantar a moral feminina, pelo que muitas mulheres improvisavam com substitutos caseiros. O batom vermelho escuro, que se arranjava no mercado negro, era usado com verniz para as unhas a condizer.

Após a Segunda Guerra Mundial, nos anos 50, houve um retorno do visual mais feminino. Os olhos eram realçados por cortes de cabelo mais curtos e pelo uso exagerado de eyeliner preto na pálpebra superior, que, na forma líquida, era aplicado com pincel, substituindo o lápis. Foi também nesta altura lançada uma grande gama de produtos dirigida ao mercado mais jovem.
Nos anos 60 assiste-se ao culto da juventude, os fabricantes de cosméticos concentraram a sua atenção no consumidor jovem. Inspirados no visual do continente, as raparigas usavam batons rosa-pálido ou brancos e maquilhagem carregada nos olhos. Os cosméticos de aplicação fácil e rápida, como os compactos de pó-de-arroz e as bases em tubo, eram os preferidos.
Na década de 70 as cores da maquiagem tornaram-se populares acompanhando coleções da alta-costura francesa, italiana e inglesa.
A moda e a beleza sempre de braço dado. Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova colecção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos...uma nova cor para a boca.
Dior, Chanel, Ives Saint Laurent entre outros grandes fabricantes, ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com as suas criações cada vez mais tentadoras.
Com o boom da economia dos anos 80, surge um novo tipo jovem, urbano e carreirista, que se reflectiu na moda dos cosméticos, com um visual mais reivindicativo e uma acentuada definição das feições. Os fabricantes realçam a duração dos seus cosméticos e incitavam as mulheres muito ocupadas a voltarem a aplicar a maquilhagem ao longo do dia. É no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas de cosméticos pigmentados.
À beira do novo milénio surgem novas fórmulas baseadas em tecnologias de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para a nossa beleza, como protecção solar, manutenção e controle do envelhecimento da pele.
Nos anos 90, a era do benefício visível ganha importância vital, ou seja, a sutileza na aplicação da maquiagem é a característica desta época, pois quando aplicada com arte, pode dar impressão de não estar a ser usada. Os nomes dos cosméticos sugerem conter ingredientes clinicamente testados e indicam um afastamento em relação ao glamour do princípio do século e uma tendência para a estética mais pura.

Este Período é também marcado por alguns cosméticos:
  • O creme Nivea, que foi o primeiro hidratante do mundo, em 1911, resultando de uma pesquisa científica que descobriu um ingrediente activo para unir água e óleo;
  • O batom Lancôme, lançado em 1937, veio substituir o Rouge Baiser, um batom duro e seco. Brilho, suavidade e várias cores são as principais qualidades deste incrível batom;
  • O leite de rosas, surgiu em 1929, como uma loção embelezadora para a pele feminina. Até o seu frasco, na época de vidro, lembrava as formas do corpo feminino com “cintura fina”;
  • O sabonete Roger & Gallet, como o primeiro sabonete redondo envolto artesanalmente em papel drapeado;
  • Chanel 5 criado em 1921, o mundo inteiro apaixona-se por esta fragrância de Mademoiselle Coco Chanel;
  • E o Talco Granado, criado em 1903, pelo farmacêutico João Bernardo Coxito irmão de Jorge Coxito, o fundador da casa Granado, o polvilho anti-séptico granado, um talco para os pés, sendo a sua fórmula imbatível até aos dias de hoje.

Conclusão
A Estética surge na Grécia antiga como disciplina da filosofia que estuda as formas de manifestação da beleza natural ou artística.
Platão, filósofo grego, afirma que o belo é uma manifestação do bem, da perfeição e do que é verdadeiro.
Posteriormente, Aristóteles faz já uma distinção entre o bem e o belo. Defende que o belo é uma criação humana e é o resultado de um perfeito equilíbrio entre vários elementos.
A Estética teve desde sempre um papel muito importante ligado à beleza, bem estar, sedução, arte...
Desde o dia em que Eva colheu uma folha para enfeitar a sua nudez, percebeu que a natureza lhe fornecia elementos para a beleza e sedução.
É uma ciência que foi evoluindo ao longo das épocas e por isso hoje temos um vasto conhecimento na área da estética com tratamentos, cremes aparelhos e etc...
Concluindo estética é sim fundamental para o nosso dia-dia,e nossa vida em um todo.

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